Apontado como o responsável pelo vazamento do dossiê com informações sigilosas do governo Fernando Henrique, o ex-secretário de controle interno da Casa Civil José Aparecido Nunes se negou a responder a uma pergunta na CPI Mista dos Cartões Corporativos.
Questionado pelo deputado
Carlos Sampaio (PSDB-SP) se aceitaria uma acareação com André Fernandes, assessor do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), Aparecido usou o direito de não responder a questionamentos dos parlamentares conquistado ontem no Supremo Tribunal federal. A Corte Suprema concedeu na noite dessa segunda-feira um
habeas corpus preventivo a Aparecido.
Para
Carlos Sampaio, ficou evidente que, se Aparecido fosse submetido a uma acareação com André Fernandes, ele “não saberia o que fazer”.
Declarando ser um “governista radical”, o deputado Silvio Costa (PMN-PE) classificou os depoimentos como “teatro”. “Não tenho nenhuma dificuldade em votar a favor da acareação. Vamos encerrar esse teatro aqui e mandar a Polícia Federal investigar”, afirmou.
Por sua vez, a presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), manifestou-se imediatamente contra as declarações do deputado e afirmou que a comissão não está fazendo teatro. “Em nome de todos os membros da comissão, quero dizer que não estamos fazendo teatro. Estamos cumprindo com nossa obrigação, um trabalho sério para o país e para esta Casa”, disse.
(Fábio Góis)