Tucano diz estar convicto sobre a produção do dossiê

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou há pouco estar convencido de que houve produção de dossiê na Casa Civil para intimidar parlamentares da oposição. “O dossiê é nascido, gestado e gerado na Casa Civil”, disse o tucano, acrescentando que vai consultar os parlamentares da oposição se existe clima para uma nova convocação da ministra.

´Por sua vez, o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), declarou que prefere insistir nas investigações da Polícia Federal a fazer nova convocação a Dilma e ela "não falar nada". Em relação à pergunta que fez mais cedo à ministra, na qual ele menciona que ela disse, em entrevista a uma revista semanal, que mentiu durante a ditadura - pergunta à qual Dilma respondeu dizendo sentir "orgulho" de ter mentido para proteger a própria vida e a de seus companheiros de luta -, Agripino afirmou que a ministra "fez drama" e "emocionalizou" uma linha de raciocínio apresentada por ele.   

Perguntado sobre o clima de vitória do governo em relação ao suposto bom desempenho da ministra na audiência de hoje (7), Virgílio afirmou que isso não é um jogo, mas que se surpreenderia se os governistas, “dóceis e acríticos”, falassem algo diferente do que foi dito pela base do governo.

O tucano destacou que confia no trabalho da Polícia Federal e que ainda “existem muitas dúvidas a serem tiradas”. Para ele, a secretária-executiva da Casa Civil e “braço-direito” de Dilma, Erenice Guerra, é responsável pela produção do dossiê juntamente com a chefe da pasta.

Já o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), declarou que a ministra sai fortalecida da audiência, uma vez que respondeu adequada e tecnicamente sobre questões referentes ao PAC e sobre o banco de dados classificado pela oposição como “dossiê anti-FHC”. Para Jucá, a ministra “sai fortalecida administrativamente e politicamente”, o que a credenciaria para a disputa presidencial de 2010, como quer o presidente Lula.

Jucá disse ainda que “a oposição não vai desistir de desgastar o governo e o governo não vai desistir de melhorar o Brasil”. (Rodolfo Torres)