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Congresso em Foco
10/4/2008 17:08
A Polícia Federal ainda investiga mais braços do mensalão, envolvendo políticos de diversos estados. Trata-se de pessoas que receberam dinheiro do esquema de arrecadação promovido pelo empresário Marcos Valério de Souza para pagar despesas de campanhas eleitorais e comprar apoio político no Legislativo.
Até agora, o mensalão resultou em duas denúncias no Supremo Tribunal Federal (STF) – uma delas para tratar do chamado “valerioduto mineiro” – e numa investigação na Justiça Federal de Minas Gerais. Hoje (9) pela manhã, o delegado Luiz Flávio Zampronha disse que há apuração em outros estados, como São Paulo e Espírito Santo.
O delegado negou-se a informar quem seriam essas pessoas e se eram políticos. Mas o Congresso em Foco apurou que há o envolvimento até de ex-senadores no esquema, que teria ramificações também no Governo do Distrito Federal.
Zampronha destacou que a atuação de Marcos Valério abrangia todas as cores partidárias. “Ele prestava serviços ilícitos para vários partidos e pessoas. Nem tudo é petista, nem tudo é tucano”, afirmou o delegado, ao final de uma palestra no Seminário Internacional de Perícias em Crimes Financeiros, organizado por peritos da Polícia Federal em Brasília.
O delegado diz que os novos dados estão sendo enviados à Justiça. Mas Zampronha não sabe se isso deve gerar novas ações ou se somar aos processos em tramitação no Supremo e na Justiça Federal de Minas. “Quando você desmembra, acelera a tramitação, mas perde um conjunto. Isso porque não existe uma prova, mas um conjunto de provas”, avaliou.
Ao todo, segundo ele, o mensalão envolveu mil pessoas, mas apenas 55 foram denunciadas à Justiça até agora. Para os policiais federais, é compreensível a decisão do Ministério Público de não levar todos os casos ao Supremo, para que o andamento do processo não fique inviabilizado.
Contadores
Junto com outros dois peritos, Zampronha destacou o fato de que os contadores responsáveis pela escrituração fiscal de Marcos Valério ainda não foram devidamente responsabilizados. Durante a apuração, a PF encontrou 80 mil notas fiscais fraudulentas, algumas queimadas.
“Essas notas não eram para existir. Ele [o contador de Valério] sabia o que estava fazendo”, reclama um perito que participou do caso. “Foi um vexame aquilo”, reclamou. (Eduardo Militão)
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