A CPI do Apagão Aéreo no Senado tem reunião marcada hoje (30), às 11h, para apreciar o parecer do relator, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que pede o indiciamento de 21 pessoas acusadas de participar de fraudes na Infraero (
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Entre elas, o deputado Carlos Wilson (PT-PE), apontado como chefe de um dos braços da quadrilha. O deputado pernambucano ficou três anos à frente da Infraero. "Não queria estar na pele de Carlos Wilson. Meu parecer foi técnico e baseado em fatos", disse Demóstenes Torres.
O parecer do senador goiano foi contestado pelo senador João Pedro (PT-AM), único representante da base do governo na sessão em que foi apresentado o relatório. "Não acredito que um homem que tem 30 anos de vida pública limpa iria sujar toda a sua história em três anos de gestão na Infraero", disse João Pedro antes de pedir vistas ao relatório, evitando assim sua votação imediata.
Ainda na semana passada, Carlos Wilson divulgou
nota repudiando o parecer e dizendo que apresentará sua defesa. O deputado está afastado da Câmara por motivos de saúde e foi esse o argumento usado por Demóstenes para não convidar Carlos Wilson para depor na CPI.
(Soraia Costa)