Psol denunciará Azeredo e Renan ao Conselho de Ética

O Psol vai apresentar em instantes a sexta representação contra o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), à Secretaria Geral da Mesa.

Desta vez, Renan é acusado de apresentar uma emenda de R$ 280 mil em favor de uma empresa fantasma do município de Murici (AL), cidade natal do senador. A KSI Consultoria, que seria a responsável pelas obras, teria como proprietário José Albino Gonçalves de Freitas, um ex-assessor de Renan.

O peemedebista também responde a quatro processos no Conselho de Ética do Senado. Sobre Renan, pesam as seguintes acusações: ter favorecido uma cervejaria com dívidas com o governo para que a empresa adquirisse uma fábrica do deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão do senador; ter usado laranjas para comprar empresas de comunicação em Alagoas; ser beneficiário de um esquema de desvio de verbas em ministérios controlados pelo PMDB; e ter armado um esquema para espionar os senadores goianos Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB).

Mensalão mineiro

O Psol também vai entrar com uma representação contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB). Ele teria sido beneficiário, em 1998, durante as eleições para o governo de Minas, de um esquema que ficou conhecido como “mensalão mineiro”. O esquema, que teve a participação do empresário Marcos Valério, foi, segundo a Polícia Federal, o “embrião” do mensalão denunciado em 2005. 

De acordo com a PF, o atual ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, vice de Azeredo e candidato a deputado federal em 1998, participou ativamente da operação, na condição de coordenador da campanha à reeleição do então governador tucano. Walfrido nega que tenha coordenado a campanha à época. Um dos beneficiários do mensalão mineiro seria o atual governador de Minas, Aécio Neves. (Rodolfo Torres)