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Congresso em Foco
30/8/2007 | Atualizado às 20:38
Por dez votos a cinco, o Plenário do Conselho de Ética decidiu que a votação do parecer que pede a cassação do senador Renan Calheiros será aberta. Contrariando a decisão do presidente da comissão, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), de fazer uma votação secreta, o Plenário aprovou recurso protocolado pelo PSDB pedindo a abertura dos votos.
Após esta definição, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) pediu vista ao processo e em seguida a reunião foi encerrada. A votação do relatório, que dá oito motivos para cassar Renan, proposto pelos relatores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES), ficou para a próxima quarta-feira (5), às 10h. O dia terminou com um saldo de extrema tensão entre os parlamentares e acusações de extorsão por parte de Epitácio Cafeteira (PTB-MA).

Cafeteira: Advogado exigiu R$ 20 milhões de Renan
(Geraldo Magela/Ag. Senado)
De acordo com o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), a decisão do plenário revelou "bom senso". "É uma vitória do Conselho de Ética", disse.
Para o senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos relatores do processo, "garantir o voto secreto é garantir a transparência". Em relação a seu parecer, que pede a cassação do mandato de Renan, Casagrande declarou que "infelizmente não havia outro caminho". O capixaba voltou a destacar que a evolução patrimonial de Renan foi decisiva para que o pedido de cassação fosse elaborado.
Por sua vez, o senador José Nery (Psol-PA) alertou que existe a possibilidade de uma outra "manobra" protelatória no processo. O parlamentar se refere ao fato dos aliados de Renan recorrem ao Supremo Tribunal Federal para que a corte analise a questão. Já o senador Almeida Lima (PMDB-SE), aliado de Renan, afirmou que analisará com mais calma a decisão do plenário do Conselho de Ética. O sergipano pode recorrer ao Supremo contra a decisão do colegiado. Ele apresentou um voto em separado a favor do acusado.
Ferrenho defensor do voto secreto para o caso Renan, Almeida Lima relembrou que os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Demóstenes Torres (DEM-GO) votaram favoravelmente ao voto secreto para analisar o pedido de cassação do mandato do então senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA). "Vossa Excelência evoluiu", provocou ao se refirir a Demóstenes. "E Vossa Excelência involuiu", rebateu o parlamentar de Goiás. (Rodolfo Torres)
Senadores favoráveis ao voto aberto
Augusto Botelho (PT-RR)
Demóstenes Torres (DEM-GO)
Eduardo Suplicy (PT-SP)
Heráclito Fortes (DEM-PI)
Jefferson Péres (PDT-AM)
João Pedro (PT-AM)
Marconi Perillo (PSDB-GO)
Marisa Serrano (PSDB-MS)
Renato Casagrande (PSB-ES)
Romeu Tuma (DEM-SP)
Senadores contrários ao voto aberto
Almeida Lima (PMDB-SE)
Fátima Cleide (PT-RO)
Gilvan Borges (PMDB-TO)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Wellington Salgado (PMDB-MG)
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