O Supremo Tribunal Federal abriu hoje (6) inquérito para investigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de ter despesas particulares pagas por uma empreiteira. O relator do caso será o ministro Ricardo Lewandowski.
Ainda nesta segunda-feira, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, pediu para investigar Renan. Paralelamente, o senador alagoano é processado pelo Conselho de Ética do Senado.
Segundo o STF, o objetivo do inquérito 2593 é coletar provas para uma futura denúncia do Ministério Público Federal.
Segundo o procurador Antônio Fernando, todas as representações contra Renan Calheiros no Senado serão anexadas ao inquérito. Atualmente, há uma representação em curso no Conselho de Ética – sobre as despesas pessoais – e outra em análise da Mesa do Senado – sobre negócios da família do senador com a cervejaria Schinchariol. Entretanto, neste fim de semana a revista Veja publicou uma nova denúncia, que deve se transformar em uma terceira representação, contra Renan – ele seria sócio oculto de rádios em Alagoas.
Concluído o inquérito, o MPF deve oferecer denúncia ao STF. Se a denúncia for aceita pelo ministro Lewandowski, uma ação penal será aberta no tribunal.
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DEM
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Além das representações apresentadas pelo Psol, o DEM também deve entrar com uma representação esta semana contra o presidente do Senado pela suposta compra de empresas de comunicação em Alagoas. Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), a nova denúncia contra o presidente do Senado está mais bem documentada do que as anteriores. A bancada do DEM vai se reunir amanhã para discutir a nova denúncia contra Renan. (Eduardo Militão e Rodolfo Torres)
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