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Congresso em Foco
24/6/2009 13:26
Mário Coelho
Instalada em 18 de junho para investigar os critérios usados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para estabelecer as tarifas elétricas, a CPI da Conta de Luz corre o risco de ser inviabilizada. Sete partidos retiraram hoje (24) a assinatura do requerimento de criação da comissão parlamentar de inquérito. O movimento reúne deputados de legendas da base aliada e da oposição: PT, PMDB, PR, PTB, PSDB, DEM e PPS.
A informação foi repassada pelo líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), após reunião com o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP). Depois do anúncio do petista, cinco dos sete partidos retiraram oficialmente as assinaturas do requerimento, de acordo com a Secretaria Geral da Mesa. Os deputados do PR e do PTB ainda estavam com seus nomes no documento. Mesmo sem a chancela dos líderes, o regimento interno da Câmara dá a Temer a prerrogativa de indicar novos membros para a CPI.
Segundo Vaccarezza, os líderes avaliaram que a CPI não tem fato determinado. Na tentativa de compensar a falta de investigação, os partidos sugeriram que as comissões de Minas e Energia, Defesa do Consumidor e Fiscalização Financeira e Controle solicitem à Aneel um balanço da situação tarifária. A Agência tem 60 dias para enviar as informações a partir do envio do requerimento de informações.
Com a saída dos partidos, aproximadamente 70% da comissão será afetada. Eles respondem por 17 dos 23 membros titulares da CPI. Vaccarezza admitiu que a retirada em bloco das assinaturas é um fato político "grande e inusitado". O deputado lembra que é a primeira vez que partidos de oposição e do governo concordam com a impropridade de uma CPI . "Não foi o PT que articulou a retirada dos integrantes. Foi uma iniciativa de todos os partidos", afirmou.
De acordo com a Agência Câmara, Temer afirmou que vai aguardar os acontecimentos, mas já percebeu que não há disposição política para o funcionamento da CPI. "Vou esperar para ver quem desiste e ver o que faço". Ele destacou, no entanto, a disposição dos partidos de requisitarem a informações à Aneel, independentemente da CPI.
A CPI foi proposta no ano passado pelo deputado Eduardo da Fonte (PP-PE). O requerimento entregue à Secretaria Geral da Mesa continha 293 assinaturas. Fonte já havia sido indicado para presidir o colegiado. O relator seria o deputado Alexandre Santos (PMDB-RJ).
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