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Congresso em Foco
5/2/2009 | Atualizado às 11:45
O novo líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), disse hoje (5), em entrevista coletiva, que o partido irá “tomar atitudes” sobre as polêmicas envolvendo o novo segundo vice-presidente da Casa, com a função de corregedor-geral, Edmar Moreira (DEM-MG). O deputado mineiro defende o fim do julgamento dos parlamentares no Conselho de Ética e é dono de um castelo, cujo patrimônio de cerca de US$ 25 milhões (em torno de R$ 60 milhões) não foi declarado à Justiça Eleitoral. Segundo Caiado, o caso será levado para a executiva do partido e haverá punições.
“Isso é um assunto que será tratado pela nossa Executiva. Não tenha dúvida. As providências que o partido deverá tomar nos próximos dias, isso eu não posso antecipar a fala do meu presidente, Rodrigo Maia. Nós discordamos das opiniões da extinção do Conselho de Ética”, declarou. O Congresso em Foco procurou o presidente do DEM, mas não conseguiu localizá-lo.
Caiado defendeu ainda que, apesar de Edmar ser filiado ao partido, o DEM não pode se responsabilizar pelas posições polêmicas do parlamentar nem por seu patrimônio milionário. “Não podem responsabilizar o DEM por um parlamentar eleito para a segunda vice-presidência, onde superou os votos do candidato oficial do partido [o deputado Vic Pires (PA)]. Não podem transferir isso para os ombros do DEM, apesar do partido saber que terá que tomar atitudes nos próximos dias, porque ele [Edmar] está filiado ao partido”, complementou.
Polêmico
O novo corregedor-geral, eleito na última segunda-feira (2), é dono do Castelo Monalisa, localizado no distrito de Carlos Alves, em São João Nepomuceno, na Zona da Mata mineira. O imóvel, de 7,5 mil metros quadrados de área construída, não foi declarado à Justiça Eleitoral.
A última declaração de renda do deputado registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) remete a um patrimônio um pouco superior a R$ 9,5 milhões. O castelo, com oito torres, 36 suítes, 18 salas, piscina com cascata e mais de 270 janelas, nunca foi citado nos registros.
Além da construção milionária, Edmar também virou alvo de críticas ao defender que pretende acabar com os julgamentos de perda de mandato dos deputados que cometeram irregularidades. A proposta, segundo anunciou no início desta semana, é que os processos sejam repassados à Justiça. “Eu entendo que todo o processo que tem origem nesta Casa já nasce com o vício insanável, que é o relacionamento do dia-a-dia do parlamentar”, disse na ocasião.
Edmar foi fortemente atacado, em especial, pelo deputado Vic Pires (DEM-PA) que disputava também a vaga de corregedor. Vic acusou o parlamentar mineiro de “absolvente-geral dos mensaleiros”, por Moreira ter votado pela absolvição de nove deputados acusados de envolvimento no escândalo do mensalão. Na época, Edmar fazia parte do Conselho de Ética. (Renata Camargo)
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