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Fundador da Gol depõe dia 13 sobre acusação de assassinato

Congresso em Foco

4/2/2009 | Atualizado às 23:02

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Eduardo Militão e Renata Camargo

O empresário Nenê Constantino, fundador da Gol Linhas Aéreas, acusado de mandante de dois assassinatos, irá depor à Polícia Civil do Distrito Federal na sexta-feira (13) da próxima semana. Nenê dará sua versão nos inquéritos em que foi indiciado como mandante da morte de um líder comunitário no Distrito Federal e de um ocupante da garagem desativada pertencente à Viação Planeta, do grupo Constantino, em Taguatinga Norte (DF).

Dono de um complexo bilionário de empresas de transporte – que inclui as companhias aéreas Gol e Varig, ambas com receita líquida de R$ 4,9 bilhões em 2007, e a viação Planeta, uma das maiores empresas de transporte coletivo de passageiros no Centro-Oeste –, Constantino será confrontado com testemunhos e escutas telefônicas feitas com autorização judicial.

Segundo a delegada Renata Malafaia, uma das investigadoras do caso, os áudios mostram conversas do próprio empresário e de outros personagens da trama. A delegada não revela o teor dos grampos, mas informa que Constantino será ouvido duas vezes, provavelmente na mesma ocasião.

Além dos grampos e das testemunhas, a polícia conta um exame de confronto balístico. De acordo com as investigações, a mesma arma que matou o líder Márcio Leonardo de Sousa Brito também atingiu o morador Tarcísio Ferreira. "Foi possível constatar que a arma que matou Márcio era a mesma usada no crime contra Tarcísio", confirma a delegada ao site.

Apesar da expectativa, Constantino poderá ficar calado perante a polícia. O empresário tem o direito constitucional de manter-se em silêncio. "Ele tem esse direito. Ainda será ouvido pelo juiz, depois, outras vezes", destacou Renata.

Depois dos depoimentos, o relatório da Polícia Civil será encerrado e enviado ao Ministério Público do Distrito Federal. Se for oferecida denúncia à Justiça, deverá ser assinada pelo promotor do Tribunal de Júri de Taguatinga, Bernardo Urbano. Procurado pelo Congresso em Foco, Bernardo não quis se pronunciar sobre o caso. Por meio da assessoria, afirmou que só irá se manifestar após o depoimento de Nenê.

Ameaças

De acordo com as investigações, os crimes teriam sido motivados por disputa do terreno em Taguatinga. Nenê já havia entrado com ação de despejo para que os ocupantes da área deixassem o local. Cerca de 100 pessoas moravam no terreno desde 1990. As famílias, segundo informação da polícia, haviam comprado os lotes de um ex-funcionário do grupo Planeta, que morava no local com autorização de Nenê.

Em fevereiro de 2001, depois de várias ameaças, um pistoleiro supostamente contratado por Nenê atingiu o motorista de caminhão Tarcísio Ferreira, que morreu na hora, e o pintor José Amorim dos Reis, que ficou ferido. Ambos tinham lote na garagem abandonada e o assassinato teria sido cometido para intimidar os moradores.

Em outubro daquele mesmo ano, diante da resistência dos moradores, o líder comunitário Márcio Leonardo foi assassinado. Márcio liderava os moradores e resistiam a desocupar o local. Na noite em que o líder foi morto, os moradores haviam recebido um comunicado avisando que Nenê visitaria o local para tentar um acordo para a desocupação.

Mas antes mesmo do acordo, Márcio foi morto com dois tiros no tórax e outro na perna direita na porta de sua casa. Na manhã seguinte, segundo as investigações, um advogado da viação Planeta teria ido ao local e entregado a cada morador um cheque de R$ 500. Os moradores cobravam R$ 2 mil cada para desocupar os barracos. O valor correspondia à quantia paga por eles ao grileiro. Após a morte de Márcio, os ocupantes decidiram sair do terreno.

Defesa

Também foram indiciados dois ex-funcionários de Nenê, suspeitos de intermediar a morte do líder comunitário. Os motoristas aposentados João Alcides Miranda e Vanderlei Batista Silva (PR) – hoje vereador do município de Amaralina (GO) – foram acusados de contratar o pistoleiro.

De acordo com a investigação, João Miranda e Vanderlei teriam se infiltrado entre os moradores para saber quem liderava. Cerca de seis meses antes, Vanderlei chegou a ser preso pela polícia militar por ter sido flagrado com porte ilegal de arma no local da ocupação.

Segundo a delegada Renata, a polícia quer tomar depoimento dos dois ex-funcionários também na próxima sexta-feira. O Congresso em Foco tentou entrar em contato com o vereador de Amaralina para saber os argumentos de defesa, mas ele não foi encontrado.

O site procurou também a assessoria de imprensa da Viação Planeta para saber os principais argumentos de defesa do empresário. Segundo a assessoria, nenhuma informação será passada previamente.

Em dezembro, Nenê divulgou uma nota de esclarecimento em que dizia “repelir de forma veemente” a acusação. O empresário se defendeu com o argumento de que o inquérito não tem provas para sustentar a “injusta e inverídica acusação” nem a “absurda conclusão a que chegou a autoridade policial”. Na nota, Nenê prometeu ainda demonstrar sua inocência de “forma incontroversa”.

Não é a primeira vez que o nome de Constantino é investigado pela polícia. Em 2007, Nenê foi citado nos inquéritos da Operação Aquarela, que envolvia o então senador e ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PMDB). O ex-senador teria sido flagrado negociando a partilha de R$ 2,2 milhões concedidos pelo Banco de Brasília (BRB). A partilha, de acordo com escutas telefônicas autorizadas, foi feita no escritório de Nenê.

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