Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
3/4/2008 | Atualizado às 16:43
Não bastassem os últimos desdobramentos do caso do dossiê da Casa Civil, com governo e oposição trocando firmes acusações, surgiu hoje (3) mais um elemento que promete deixar ainda mais acirrados os ânimos no Senado. O líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM), adiantou há pouco que a oposição vai mesmo solicitar a leitura do requerimento para a instalação da CPI exclusiva dos senadores.
Era esse o plano dos oposicionistas antes de serem surpreendidos com a antecipação do governo que, por meio do líder Romero Jucá (PMDB-RN), colheu adesões para a instação da CPI Mista dos Cartões Corporativos, em funcionamento há menos de um mês. A "manobra" foi feita na abertura do ano legislativo (leia). A decisão da oposição se deve ao fato de que, segundo seus integrantes, a CPI mista (de ampla maioria governista) não permite a convocação de nomes-chave para as investigações – a exemplo da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
“Estamos só esperando o Zé (Agripino-RN, líder do DEM no Senado) chegar”, adiantou o tucano, que também deve esperar a chegada ao plenário do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN) – o único que, regimentalmente, pode ler o requerimento.
Dilma
Arthur Virgílio falou à reportagem sobre os três requerimentos que apresentou à Mesa, na terça-feira (1), convocando a ministra Dilma para prestar esclarecimentos no Congresso sobre o dossiê. Segundo o requerimento, Virgílio quer que a ministra seja ouvida no plenário do Senado, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e na Comissão de Fiscalização e Controle. Para o tucano, Dilma, como chefe da Casa Civil, tem a responsabilidade por todas as atividades oficiais realizadas sob seu comando.
A ministra já declarou que "tem mais o que fazer" para justificar o fato de não ir ao Senado, referindo-se aos lançamentos de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Virgílio disse que é pior se ela se negar a comparecer ao Parlamento.
"Fica chocante do ponto de vista da relação dela com o Parlamento. É uma confissão antecipada [da suposta culpa pela produção e pelo vazamento do dossiê sobre gastos de Fernando Henrique Cardoso com cartão corporativo e suprimento de fundos) que eu não gostaria de jogar nas costas dela", advertiu o senador. (Fábio Góis)
Leia também:
Comissão de Infra-Estrutura convoca Dilma duas vezes
CPI rejeita convocação de assessoras de Dilma
Líder do governo não aceita convocação de Dilma
Sem convocação, Marisa ameaça encerrar CPI
Temas
MANOBRA NA CÂMARA
Eduardo Bolsonaro é indicado a líder da Minoria para evitar cassação
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Filha de Edson Fachin é alvo de hostilidade na UFPR, onde é diretora