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Congresso em Foco
8/6/2007 | Atualizado 9/6/2007 às 7:03
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), enviará na segunda-feira ofício à Receita Federal para saber se o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de ter despesas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, lobista da construtora Mendes Júnior, retificou a sua declaração de Imposto de Renda após a publicação da denúncia pela revista Veja.
Segundo reportagem publicada ontem (7) pelo Correio Braziliense, o senador somente declarou duas fazendas e parte dos rendimentos com lucros presumidos com atividade rural depois da denúncia de ligações do presidente do Senado com o lobista da construtora (leia).
Em nota, Renan negou ter feito a retificação para inflar seus rendimentos e sustentar que tinha condições de pagar pensão e aluguel para a jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.
Nos documentos apresentados pelo senador ao Conselho de Ética, no qual responde a processo por quebra de decoro parlamentar em função da denúncia, não há qualquer referência a retificações no Imposto de Renda.
“Declarações de renda, inclusive já publicamente exibidas, informam todos os meus rendimentos e em nenhum momento procedi qualquer retificação para incluir rendimentos não declarados”, diz a nota divulgada pelo presidente do Senado.
Não há ilegalidade na retificação de declarações de renda enviadas à Receita. A confirmação da mudança, no entanto, enfraquece a defesa de Renan, que alega ter tirado do próprio bolso os recursos repassados à jornalista.
De acordo com o Correio, a mudança na declaração foi constatada em auditoria da Receita Federal sobre as declarações de renda de todos os envolvidos no escândalo da Operação Navalha. O presidente do Senado é citado em alguns diálogos captados pela Polícia Federal.
O nome do senador aparece duas vezes no documento que a Polícia Federal encaminhou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para embasar as ações da Operação Navalha. De acordo com as investigações, Renan teria sido procurado para facilitar a liberação de verbas para obras de construção de canais tocadas pela empreiteira Gautama, apontada como carro-chefe do esquema, em Alagoas. (leia). (Edson Sardinha)
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