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Congresso em Foco
7/5/2007 | Atualizado às 20:31
Em entrevista a emissoras católicas de rádio, o presidente Lula disse hoje (7) que o governo vai conseguir impedir no Congresso a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos no país para os menores que cometerem crimes considerados hediondos.
Lula classificou a redução como um "absurdo" e uma "atitude de preconceito" contra os jovens. "Essa juventude não está precisando de mais chicotada, essa juventude está precisando de mais esperança, de mais alento, está precisando de uma utopia, na verdade", afirmou.
"É preciso saber por que esse jovem cometeu aquele delito. Como é a vida dele dentro de casa? Como vive o pai dele? Como vive a mãe dele? Qual é a razão social que existe dentro daquela família? Como eles convivem? Porque aí você pode encontrar uma solução muito mais eficaz", complementou.
Aborto
O presidente também se declarou contra a prática do aborto. Entretanto, Lula afirmou que, como presidente da República, entende o drama de jovens meninas que recorrem à prática para evitar uma gravidez indesejada.
"Eu tenho dito, na minha vida política, que sou contra o aborto. E tenho dito publicamente que não acredito que ninguém faça aborto por opção ou por prazer. É importante que a gente saiba dimensionar quando uma jovem desesperada, numa gravidez indesejada, corre à procura de um aborto", afirmou.
Lula, que terá um encontro com o papa Bento 16 na próxima quinta-feira (10), defendeu a ação do Estado para evitar a morte precoce de jovens que recorrem ao aborto ilegalmente.
"É preciso agir. Já temos uma lei no Brasil, que é uma lei que define corretamente, mas apesar da lei nós ainda temos um processo de pessoas que engravidam de forma indesejável, muito grande. E aí, o Estado não pode abdicar de cuidar disso como uma questão de saúde pública, porque senão é levar à morte muitas jovens neste país", afirmou Lula.
Para Lula, se o país contasse com um programa de planejamento familiar adequado, o índice de abortos clandestinos no país diminuiria.
"O Estado precisa tratar isso como uma questão de saúde pública, porque a história também nos ensina que, muitas vezes, no desespero e por falta de orientação, muitas meninas se matam precocemente", afirmou. (Rodolfo Torres)
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