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Protestos e críticas antecedem chegada de Bush

8/3/2007
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Divergências diplomáticas e protestos de movimentos sociais e partidos políticos marcaram a véspera da chegada ao Brasil do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que desembarca esta tarde em São Paulo.

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, destacou ontem que a aproximação do governo brasileiro com os Estados Unidos não fará o país rever seu relacionamento com a Venezuela. O país “não tem relações excludentes”, disse a ministra.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores protestou contra o relatório divulgado nesta semana pelo Departamento de Estado americano a respeito da situação dos direitos humanos no país e no mundo. O relatório menciona a tentativa de compra de um dossiê por integrantes do PT contra políticos tucanos e diz que os envolvidos tinham relações estreitas com Lula.

O Itamaraty disse ontem que não reconhece a legitimidade do documento e que o governo não "aceita relatórios elaborados unilateralmente por países, segundo critérios domésticos, muitas vezes de inspiração política".

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), também protestou contra o relatório, que apontou supostos abusos da Polícia Militar de São Paulo. Serra afirmou que gostaria de ver no relatório informações sobre Guantánamo, base norte-americana em Cuba acusada de maltratar prisioneiros.

O governo americano sinalizou que não atenderá ao desejo do presidente Lula de rever a tarifa do álcool combustível. No Brasil, Bush pretende iniciar parceria para produção de etanol em escala continental para diminuir a dependência do Oriente Médio e criar uma barreira econômica ao venezuelano Hugo Chávez.

Entidades ligadas aos sem-terra e aos partidos de esquerda promoveram protestos por todo o país ontem. Foram registradas invasões em Alagoas, em Minas, na sede do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio, e em uma usina comandada por uma empresa americana no interior de São Paulo. 

Em Brasília, cerca de 50 militantes do Psol protestaram no gramado em frente ao Congresso e incendiaram um boneco que representava o presidente dos Estados Unidos. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), mandou retirar do plenário uma faixa estendida por deputados do Psol com a frase "Bush não é bem-vindo".

 

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