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Congresso em Foco
22/1/2007 | Atualizado às 6:46
Representantes do empresariado brasileiro aguardam sem grande entusiasmo o anúncio hoje (22) das medidas do Programa de Aceleração Econômica (PAC), pacote com o qual o governo espera fazer a economia crescer ao ritmo de 5% ao ano.
O entendimento geral é de que o PAC pouco será pouco eficaz se não for acompanhado de iniciativas mais ousadas do governo como levar adiante as reformas tributária e previdenciária, corrigir o câmbio e acelerar a queda dos juros.
Medidas insuficientes
“As grandes linhas que estão anunciadas vão na direção correta, mas são insuficientes para colocar o país no trilho do crescimento sustentável”, diz o deputado reeleito Armando Monteiro Neto (PTB-PE), presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo o deputado, o Brasil só vai romper a situação de baixo crescimento em que se encontra há anos quando houver um ajuste fiscal capaz de criar condições para reduzir a carga tributária, que já chega a quase 40% do PIB.
“A questão fiscal só será resolvida com medidas mais drásticas que as contidas no PAC”, afirma Armando. “Vamos precisar de uma nova geração de reformas, especialmente na Previdência Social.”
Pressão pela queda dos juros
A menos que venha com alguma medida inesperada, os efeitos do programa são vistos como limitados pela iniciativa privada, diz reportagem de Marcelo Rehder no jornal O Estado de S. Paulo. Sem grandes apostas no PAC, os empresários esperam um crescimento em torno de 3,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2007.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, espera que o governo dê uma demonstração de que está afinado na direção do crescimento na quarta-feira, quando o Banco Central vai determinar a taxa básica de juros. “Esperamos que a sinalização seja por meio de uma redução significativa dos juros”, afirma Skaf.
Na avaliação do presidente da Fiesp, não bastam apenas medidas pontuais para destravar a economia. “Precisamos de um conjunto de ações que devem ser implementadas a um só tempo e sob a mesma coordenação”, diz Skaf, citando como exemplos o avanço nas reformas e um choque de gestão nos gastos públicos.
Alvo errado
“O pacote não ataca os pontos principais que estão travando a economia”, observa Boris Tabacof, diretor do Departamento de Economia do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), referindo-se aos juros altos, ao câmbio defasado e à pesada carga tributária.
Tabacof acha que a desoneração tributária prevista no programa não deverá ser significativa, porque o espaço para isso é pequeno. “Trata-se de um conjunto de medidas necessário, mas não o suficiente para acelerar de forma intensa o crescimento”, disse ao Estadão.
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