O presidente Lula pode colocar o deputado federal Delfim Netto (PMDB-SP) na presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O cargo é alvo de cobiça do PMDB e o presidente já teria manifestado preferência por Delfim, que não conseguiu se reeleger em outubro passado.
Segundo o repórter João Domingos, do Estado de S. Paulo, com a nomeação Lula atenderia ao PMDB com um cargo mais importante do que vários ministério e passaria a ter o economista a seu lado como uma espécie de conselheiro especial. “Também seria uma forma de resolver a disputa dentro do partido por espaço no BNDES. A instituição está sob a vigilância de vários segmentos de peemedebistas”, afirma o jornalista.
A reportagem revela que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), deve indicar ao presidente Lula o nome do economista José Carlos de Assis para a diretoria da área social. “O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), luta para emplacar um indicado na área de projetos industriais. O deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) tenta abocanhar a área de infra-estrutura”, diz o jornal.
Além de Delfim,o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB-SP) indicou os nomes de Luiz Gonzaga Belluzzo e Luciano Coutinho, outros dois economistas que hoje estão mais ligados ao ex-governador, para presidência do BNDES.
O BNDES é o maior banco de fomento do País. No ano passado teve autorização para gastar R$ 55 bilhões em financiamento a exportações, indústria, agropecuária, compra de frotas novas de ônibus e caminhões, infra-estrutura em portos, rodovias, aeroportos e ferrovias, construção de plataformas de petróleo e para a indústria naval.