Aliados do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), presidente da Câmara, que tenta a reeleição, criticaram hoje (9) a interferência do Palácio do Planalto na sucessão da Casa. De acordo com reportagem de Andreza Matais, da Folha Online, o alvo das críticas é a liberação de emendas para que parlamentares do PMDB apóiem a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP). Segundo a reportagem, os ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Casa Civil e das Relações Institucionais; liderados por petistas, teriam liberado R$ 2 milhões para o ex-líder do PMDB na Câmara e ex-deputado José Borba (PR), e mais R$ 15 milhões para o atual líder peemedebista, deputado Wilson Santiago (PMDB-PB). Borba é acusado de envolvimento do escândalo do mensalão e renunciou ao mandato. "O papel do governo, do ministro Tarso Genro, tem que se limitar ao esforço para se ter uma candidatura única. A partir daí, ele estará ultrapassando das suas prerrogativas", afirmou o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). Beto também condenou a declaração do deputado Henrique Fontana (RS), líder do PT na Câmara, que ontem afirmou que um dos dois candidatos da base governista à presidência da Câmara, Aldo ou Chinaglia, será ministro. Segundo o líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), o governo começou o ano com práticas antigas. "O governo está começando de novo errado. Essas práticas de interferência no poder Legislativo resultaram nos problemas que tivemos nos últimos quatro anos. Isso aqui não é cota de ministro", disparou. O parlamentar fluminense avisou que o PFL está acompanhando todos os dias a liberação das emendas. "Liberaram até dinheiro do ano anterior, o que é grave", disse. Aldo afirmou que a Câmara "não é do governo nem da oposição" e pregou a independência da Casa. "A Câmara é de todos os partidos. A disputa pela presidência não é fratricida nem fraterna, mas política", declarou. Almoço Aldo recebeu hoje o apoio de 32 parlamentares do PSB, PC do B, PFL, PMDB, PP à sua candidatura À reeleição. Todos almoçaram com ele na residência oficial da Câmara dos Deputados.
Aliados de Aldo criticam interferência do governo
9/1/2007
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