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Congresso em Foco
2/1/2007 | Atualizado às 20:16
O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), presidente da Câmara dos Deputados, afirmou hoje (2) que a sua candidatura à reeleição recebeu apoio de vários partidos e que ele próprio assumiu compromisso com essas legendas. "Minha candidatura pertence a esses partidos e parlamentares. Não me pertence mais", declarou o parlamentar.
Aldo se encontrou hoje (2) com seu adversário, o deputado petista Arlindo Chinaglia (SP), candidato à presidência da Câmara. Os dois dividiram a mesma mesa numa confraternização em torno da recondução do deputado Ricardo Berzoni (SP) à presidência nacional do PT.
Aldo afirmou que Chinaglia tem legitimidade para disputar o comando da Câmara dos Deputados. No entanto, quando foi questionado sobre a possibilidade de um acordo entre os dois, Aldo afirmou: "Não acredito, nem desacredito".
O lado de Chinaglia
Por sua vez, Arlindo Chinaglia duvidou dos apoios que Aldo garante ter para a presidência da Casa. De acordo com o petista, Aldo teria apenas o apoio do líder pefelista. "Ao invés de fazer um mantra e ficar repetindo aquilo que supostamente aconteceu, é melhor pesquisar. Eu estou informando que falei com lideranças do PSDB e todos dizem que o PSDB se orientará pela proporcionalidade. Nesta condição, com a bancada do PT sendo a segundo maior, creio que estamos muito mais próximos do PSDB do que qualquer outra candidatura", disse Chinaglia.
"No PFL falei com algumas lideranças, mas o líder apóia o Aldo. Portanto, podemos constatar que o líder do PFL apóia o Aldo", complementou.
O petista sinalizou que não deve desistir da sua candidatura para atender ao governo, que espera que a base lance apenas um candidato ao cargo. "Se as candidaturas forem até o final haverá disputa no plenário", afirmou.
Tarso Genro garante candidato único para Câmara
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, garantiu hoje (2) que haverá acordo entre os candidatos da base governista à presidência da Câmara para que apenas um disputa o cargo. "Tenho a absoluta certeza: teremos um único candidato dentro de duas semanas, até o dia 20", afirmou, durante evento do PT que reconduziu o deputado Ricardo Berzoini (SP) à presidência do partido.
O atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e o líder do governo na Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP) disputam a preferência da base e do próprio governo. A eleição para a presidência da Câmara está marcada para o dia primeiro de fevereiro.
O ministro negou que Lula tenha preferência pelo atual presidente da Câmara. "Para mim, ele nunca disse isso. O presidente Lula emite opiniões sobre procedimento. Ele tem conversado com os dois e quer um candidato único", disse.
De acordo com a análise de Tarso Genro, o apoio do PSDB (inclusive do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) e do PFL à candidatura de Aldo não desgasta o atual presidente. "Não sofre desgaste porque o ideal é que o candidato à presidência da Câmara tenha o apoio de todos os partidos", afirmou.
Em busca de apoio
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP afirmou hoje (2) que pretende buscar o maior apoio possível à sua candidatura nos partidos da base do governo. O petista disse que também vai dialogar com a oposição.
"A campanha é mais do que do PT. Estamos construindo uma candidatura da Casa", afirmou, após se reunir com cerca de 30 deputados petistas.
"Tudo o que eu responder sobre isso [candidatura única à presidência da Câmara], pode parecer arrogância ou que estou desistindo. Por isso não vou responder nada. Posso dizer que estou em campanha e satisfeito com os resultados", disse Chinaglia após a reunião.
Leia outras notícias publicadas hoje (2)
Freire quer candidato alternativo para Câmara
O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), afirmou que irá se reunir com os membros da Comissão Executiva do Diretório Nacional para sugerir que o partido apóie um candidato alternativo na disputa pela Presidência da Câmara. Na reunião, marcada para o dia 9 de janeiro, eles também devem discutir os rumos do partido para 2007, além da proposta de convocação de um congresso extraordinário para o primeiro semestre de 2007.
Freire tem dito que o nome do próximo presidente da Câmara pode ser até mesmo de dentro do PT ou PMDB, mas que o candidato seja um parlamentar comprometido com a retomada da credibilidade da instituição.
Na avaliação de Freire, os dois candidatos do governo --Aldo Rebelo (PC do B-SP), que tenta a reeleição, e Arlindo Chinaglia (PT-SP)-- não têm condições de cumprir este papel. Ele destacou que a bancada do PPS terá autonomia para decidir sobre a disputa na Câmara.
Multas aumentam ganho de fundo partidário
O fundo partidário, que repassa recursos públicos para os 29 partidos políticos, teve um ganho suplementar no ano passado de R$ 5,6 milhões, segundo reportagem da agência Folha Online. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o valor já foi liberado pelo Tesouro Nacional para compor o fundo partidário, a partir das multas arrecadadas referentes a alguns meses de 2003, 2004 e 2005.
"Em dezembro, os partidos políticos receberam cerca de R$ 148,19 milhões a título de verbas do fundo, mais R$ 117,87 milhões, do orçamento, outros R$ 24,72 milhões das multas de janeiro a novembro de 2006, além dos R$ 5,6 milhões, do superávit de arrecadação das multas dos exercícios anteriores", explica do texto.
A maior fatia do fundo partidário, diz a reportagem, coube ao PT (R$ 24,13 milhões), seguido pelo PSDB (R$ 18,80 milhões), PMDB (R$ 17,54 milhões) e PFL (R$ 17,39 milhões). Na ponta oposta, o nanico PCO teve direito a menor cota (R$ 10.85 mil).
As regras do repasse:
Os recursos são repartidos proporcionalmente ao número de parlamentares de cada legenda. Em 2005, o Tesouro Nacional repassou R$ 110,53 milhões aos 29 partidos registrados no TSE.
A dotação de verbas para o fundo no Orçamento da União obedece à regra de considerar o número de eleitores registrados no TSE (no ano anterior ao da proposta orçamentária) e multiplicar o montante por R$ 0,97, valor atualizado a cada ano de acordo com o IGP-DI.
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