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Congresso sob controle

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22/12/2006 | Atualizado 24/12/2006 às 20:37

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Lúcio Lambranho

Considerado o melhor deputado federal da atual legislatura pelos leitores do Congresso em Foco (leia mais), o vice-líder do PV na Câmara, Fernando Gabeira (RJ), acredita que a próxima legislatura será alvo de um controle maior tanto da parte dos congressistas quanto da população.

Em entrevista exclusiva ao site, o deputado reclama da "hostilidade muda" que há contra pessoas que batem de frente com as irregularidades e prevê que terá dificuldades para fazer seu trabalho como gostaria. "Não sei se ficar na Câmara dos Deputados, só vigiando o que acontece, vai ser a melhor coisa. Meu futuro político será fazer o melhor mandato possível e depois voltar às minhas atividades de escritor e jornalista", anuncia.

Mineiro de Juiz de Fora, carioca de coração, costuma se autodefinir, Fernando Gabeira destacou-se nos últimos quatro anos pelo combate à corrupção. Foi um dos criadores e membro atuante da CPI dos Sanguessugas. Também ganhou repercussão nacional ao fazer um áspero discurso contra o ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), que renunciou pouco tempo depois do embate com Gabeira no plenário.

Na semana passada, o deputado voltou a se destacar na luta contra o reajuste de 91% dos salários dos parlamentares. Ao lado dos deputados Raul Jungmann (PPS-PE) e Carlos Sampaio (PSDB-SP), encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a ação que resultaria na derrubada do superaumento salarial.

Um dos fundadores do Partido Verde no Brasil, Gabeira também é conhecido por sua preocupação com o meio ambiente e com o respeito aos direitos humanos. Após cumprir três mandatos como deputado federal, conseguiu se reeleger em outubro com cerca de 300 mil votos, sendo o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro.

Veja qual a expectativa do deputado para os próximos quatro anos no Congresso Nacional:

Congresso em Foco - Como o senhor vê o futuro do Congresso e da próxima legislatura, depois de escândalos como mensalão, sanguessugas e a recente crise na tentativa de aumento dos salários dos parlamentares?
Existem fatores que eu acho importantes e positivos de ressaltar. Primeiro, houve uma tomada de consciência da população sobre o Congresso e suas atividades. Eu acho que a próxima legislatura será mais controlada pelo Congresso e pela população. Além disso, ela será renovada em pelo menos 46%. A renovação em si não significa um anúncio de melhoria, mas uma esperança vai existir com o controle da população e com gente nova entrando. Pode ser que a gente consiga um resultado melhor.

Mas o senhor não acha que o perfil dessa nova legislatura pode complicar a situação? Segundo levantamento da assessoria técnica do PSB, 68% dos parlamentares terão perfil assistencialista no próximo Congresso.
Tem esse perfil sim. Sobre os deputados com esse perfil assistencialista nós vamos ter que exercer um certo controle sobre as emendas que eles vão conduzir. Isso para que eles não venham aqui exclusivamente para financiar suas atividades.

E como será tratada a questão ética no novo Congresso a partir de 2007?
Vai se formar um núcleo maior na próxima legislatura. Além disso, vai haver um aumento do controle popular vigiando essa questão. A nossa articulação com os setores que combatem a corrupção no governo será maior e vai nos ajudar muito como no caso da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU).

E o caso da Polícia Federal que recebeu várias críticas dos congressistas, principalmente no apoio das CPIs?
Eu acho que a Polícia Federal tem que ser uma polícia republicana e cada vez mais um instrumento de estado do que de governo. Eu acredito que ela tem base para isso, pois tem indivíduos e instrumentos para chegar nesse perfil. Mas vamos ter que exercer o máximo de vigilância e de colaboração para que ela cumpra o seu papel.

E o seu futuro político na próxima legislatura?
Meu futuro político é muito difícil porque você sabe que existe uma certa hostilidade muda contra pessoas que tomam as posições que eu tomo. Em primeiro lugar será muito difícil trabalhar aqui porque eu reconheço que me bati muito contra determinadas coisas que de uma certa maneira interessam ao baixo clero. De outro lado, eu acho que estou numa situação de trabalho e estudo que gostaria de canalizar para um resultado maior para o Brasil. Não sei se ficar na Câmara dos Deputados só vigiando o que acontece vai ser a melhor coisa. Meu futuro político será fazer o melhor mandato possível e depois voltar às minhas atividades de escritor e jornalista.

Então, o senhor já decidiu que não vai disputar mais um mandato como deputado?
No final do novo mandato vou avaliar, mas já com a decisão de que não vou me perpetuar como deputado.

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