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Barjas Negri se complica no Congresso

Congresso em Foco

7/11/2006 | Atualizado às 20:11

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O ex-ministro Barjas Negri (PSDB) apresentou uma versão confusa para explicar seu relacionamento com o empresário de Piracicaba (SP) Abel Pereira, acusado de tentar negociar a compra de informações sobre a máfia das sanguessugas com o empresário Luiz Antonio Vedoin, chefe do esquema.

Em depoimento à CPI dos Sanguessugas nesta terça-feira, o tucano, hoje prefeito de Piracicaba, disse que esteve somente uma vez com o empresário enquanto esteve à frente do Ministério da Saúde, quando Pereira acompanhou o prefeito de Jaciara (MT) a uma audiência em seu gabinete, em 2002. Negri afirmou que, após isso, encontrou-se algumas vezes com Pereira no município, mas negou haver uma relação de amizade entre os dois.

"O Abel é empresário de Piracicaba e eu sou prefeito e preciso ter articulação com os empresários do município. Não tenho relação estreita com ele."

A versão, porém, não convenceu a CPI. A deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que fez as vezes de relatora no lugar do titular, o senador Amir Lando (PMDB-AM), fez o clima esquentar ao remontar que 12 dias após a audiência com o prefeito e com o empresário, o Ministério da Saúde aprovou um convênio para a reforma de um centro de saúde em Jaciara. A obra foi executada pela Cicate, empreiteira de Abel Pereira.

"Essa questão não tem nada a ver para esclarecer o episódio dos sanguessugas", afirmou o ex-ministro. Confrontado com depoimentos de Luiz Vedoin à Polícia Federal em que o empresário atesta ter chegado a Negri por intermédio de Abel, o ex-ministro provocou: "Acho que o senhor Vedoin vendeu um dossiê e ele está passando a fatura e sustentando a versão. O Vedoin é um réu confesso e foi pago para falar mentiras".

"Não sei de qual dossiê o senhor está falando", rebateu Grazziotin. Nesse momento houve uma gargalhada geral no plenário da CPI. "Se quiser eu pego aqui [as reportagens] para mostrar", aproveitou Negri para alfinetar a parlamentar da base governista. "Não sei se está falando do dossiê que seria comprado pelo Abel ou daquele pessoal Gedimar, Valdebran", desconversou.

Negri rebateu também a versão de que Pereira tinha um crachá de funcionário terceirizado para ter livre acesso ao Ministério da Saúde, conforme afirmara Vedoin à PF. A alguns metros da CPI, no Conselho de Ética da Câmara, o chefe dos sanguessgas reiterou a ligação entre o ex-ministro e o empresário de Piracicaba.

Confusão

O ex-ministro se confundiu outra vez na hora de explicar uma doação da Cicate para sua campanha. Ele negou ter recebido recursos das empresas de Abel Pereira, mas, confrontado com sua própria prestação de contas, vacilou: "Alguma empresa dele contribuiu, mas não sei ao certo qual".

Apesar do desconforto, aproveitou para alfinetar os governistas. "Mas isso não é nenhum pecado. Pecado é ter caixa-dois. O meu está declarado." A deputada cobrou que o ex-ministro apresentasse provas para dizer que a doação não veio da Cicate. O pedido gerou mais atrito no plenário. "Sei que ele tinha ligação com o ministro, mas não sei se ele repassava dinheiro", afirmou Vedoin.

"O ônus da prova não pode ser atribuído ao acusado. Isso é inadmissível. A que ponto chegamos. Isso é falta de compostura", afirmou o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), líder da oposição na Câmara. "Vossa excelência é quem não tem compostura. Mal educado é o senhor. Quero apenas que ele se esclareça, porque nós já temos a prova aqui que ele recebeu da Cicate", respondeu a parlamentar, apontando para a prestação de contas.

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