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Congresso em Foco
2/11/2006 | Atualizado 6/11/2006 às 10:52
O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), remarcou para o dia 21 de novembro os depoimentos do empresário Valdebran Padilha, do advogado Gedimar Passos e do ex-analista de risco e mídia da campanha à reeleição do presidente Lula Jorge Lorenzetti.
Os três envolvidos no escândalo da compra de um dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), deveriam ter sido ouvidos na terça-feira, mas por causa do requerimento do vice-presidente do colegiado, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), e do baixo quorum provocado pela crise no sistema aéreo brasileiro, que atrasou os vôos em todo o país, foi cancelada a reunião da comissão
Gedimar nega encontro com Godoy
Em depoimento prestado ontem à Polícia Federal (PF), o advogado Gedimar Passos negou que tenha se encontrado clandestinamente com ex-assessor do presidente Lula Freud Godoy na sede da PF em São Paulo.
Gedimar afirmou que saiu apenas duas vezes da cela enquanto esteve preso por causa da acusação de envolvimento na compra de um dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB). De acordo com ele, uma das saídas foi para uma acareação com Godoy no dia 18 de setembro e a outra foi na transferência de São Paulo para Cuiabá.
Segundo reportagem da revista Veja, Gedimar e Godoy se encontraram informalmente no gabinete do diretor-executivo da PF de São Paulo, Severino Alexandre, logo após a acareação. Depois da reunião, que durou cinco minutos, Gedimar recuou da acusação de que Godoy estaria por trás da operação de compra do dossiê.
Presidente da OAB critica comportamento da PF
O presidente nacional da OAB, Roberto Busato, criticou na última terça-feira o comportamento do delegado da Polícia Federal (PF) Moysés Ferreira durante os depoimentos dos jornalistas da revista Veja.
"O comportamento do delegado, pelo relato dos jornalistas, foi inaceitável dentro de um Estado democrático e quando estamos saindo de uma eleição. Nós, da OAB, temos denunciado constantemente esses meios truculentos utilizados às vezes pela Polícia Federal contra jornalistas e também contra advogados, enfim, contra os cidadãos brasileiros", disse.
Busato ainda ressaltou que espera do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a apuração dos fatos denunciados pelos jornalistas. "A liberdade de imprensa deve ser preservada, pois esse é um ícone do estado democrático de direito e não pode de forma nenhuma ser arranhado", afirmou.
ANJ : PF tratou repórteres de Veja como "suspeitos"
A Associação Nacional de Jornais (ANJ), por meio de nota divulgada ontem à tarde, afirmou que os repórteres da revista Veja Júlia Dualibi, Camila Pereira e Marcelo Carneiro "foram tratados pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira como suspeitos e não como testemunhas".
Os jornalistas prestaram depoimento na última segunda-feira (30) sobre um suposto vazamento de informações referntes à tentativa de compra de um dossiê, por ex-integrantes da campanha do presidente Lula, que envolveria políticos do PSDB com a máfia das ambulâncias.
A ANJ também declara na nota que "É lamentável que uma instituição como a Polícia Federal se preste ao papel de hostilizar jornalistas e um veículo de comunicação em função do trabalho jornalístico por eles praticado".
Confira a íntegra da nota da ANJ
"NOTA À IMPRENSA
A Associação Nacional de Jornais protesta com veemência contra a intimidação sofrida por repórteres da revista Veja durante depoimento prestado à Polícia Federal para investigação interna sobre o caso da tentativa de uso de um dossiê contra o PSDB antes das eleições.
Estranhamente, os repórteres Júlia Dualibi, Camila Pereira e Marcelo Carneiro foram tratados pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira como suspeitos e não como testemunhas. Sofreram constrangimentos e ameaças, numa evidente tentativa de intimidar o livre exercício do jornalismo.
É lamentável que uma instituição como a Polícia Federal se preste ao papel de hostilizar jornalistas e um veículo de comunicação em função do trabalho jornalístico por eles praticado. A liberdade de imprensa é um valor maior da democracia.
A Polícia Federal é uma instituição do Estado, a quem cabe servir a toda a sociedade. A ANJ espera que fatos como esse não se repitam e que a Polícia Federal cumpra suas atribuições nos estritos limites da lei, sem o pretender atemorizar profissionais ou empresa jornalística no exercício do legítimo direito e dever de informar os cidadãos.
Júlio Cesar Mesquita
Vice-Presidente da Associação Nacional de Jornais"
Matéria publicada em 02.11.06. Última atualização em 06.11.06.
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