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Manchetes das revistas de hoje - 1ºnov2008

Congresso em Foco

1/11/2008 | Atualizado às 12:49

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Revista Veja

O salvador do DEM

Na escada do poder, o prefeito Gilberto Kassab galgou bem mais do que um degrau ao derrotar em São Paulo, por uma diferença de 1,34 milhão de votos, a petista Marta Suplicy. Além de conquistar para o DEM, desta vez pelo voto, o comando da maior, mais rica e mais influente cidade brasileira – e salvar o partido da humilhação de emergir das urnas menor do que o esquálido PP –, Kassab oficializou sua entrada em um seletíssimo clube: o dos que vão ajudar a definir o cenário das eleições presidenciais de 2010. No seu caso, na qualidade de peça-chave da cada vez mais irrevogável candidatura do tucano José Serra.

Antes de se transformar na estrela mais fulgurante do DEM, Kassab era tido como um político de bastidores. Apontado por aliados e adversários como articulador talentoso, apaziguou brigas titânicas em seu partido (como a que ACM travou com Jorge Bornhausen em 2003, ao acusar o então presidente do PFL de "roubar" recursos para privilegiar grupos políticos), arquitetou a dobradinha que levou o tucano Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo em 2002, tendo como vice o pefelista Cláudio Lembo, e, mais recentemente, costurou a aliança do DEM com o PMDB de Orestes Quércia – o que rendeu à sua campanha preciosos sete minutos e meio de propaganda na TV e a Serra mais um aliado em 2010. O prefeito, dizem os amigos, é um diplomata nato.

Uma chance para o Rio


Entre todos os eleitos para administrar as capitais brasileiras, Eduardo Paes (PMDB) é o que se vê diante do maior desafio. Ele está expresso em um número. Ao longo da campanha, na qual teve o apoio de treze partidos no segundo turno e bateu o verde Fernando Gabeira por uma margem de apenas 1,6 ponto porcentual dos votos válidos, Paes precisou fazer nada menos que oitenta promessas aos eleitores. Pode parecer exagero, coisa de candidato, mas nenhuma delas é descabida. Há nesse rol desde coisas elementares, como um programa de reflorestamento, até a implantação do bilhete único nos ônibus. Em conjunto, essas promessas parecem o projeto de criação de uma nova cidade. Elas dão uma medida da situação de abandono a que chegou a segunda maior capital brasileira. São também um prenúncio dos problemas que o novo prefeito terá pela frente. Para enfrentá-los, realizou, como primeira tarefa, uma visita ao presidente Lula, acompanhado do governador Sérgio Cabral. O encontro serviu para sinalizar que as três esferas estarão unidas na tentativa de resgatar os serviços públicos que foram relegados a segundo plano. Nos últimos anos, o prefeito Cesar Maia usou a cidade para fazer oposição aos governos – todos os governos. Reside aí a importância simbólica da cena com os três de mãos dadas.

Geddel, a cara do PMDB

O rosto rechonchudo e risonho do ministro Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, é a melhor tradução para o atual momento do PMDB. O partido foi o grande vencedor das eleições municipais. Com 18 milhões de votos no primeiro turno e 4 milhões no segundo – números muito maiores que os da concorrência –, o PMDB conquistou 1 201 prefeituras, incluindo seis capitais. Juntos, os orçamentos dessas cidades alcançam 48 bilhões de reais. A cifra é apenas uma parte do império peemedebista, que inclui ainda 296 bilhões de reais dos governos estaduais e federal. Se o PMDB fosse um país, seu PIB seria de 344 bilhões de reais, igual ao do Chile. O partido gosta de aplicar a dinheirama em obras de visibilidade, que ajudam a legenda a ganhar ainda mais votos – e mais recursos para administrar. É o ciclo da política peemedebista. Por isso, esqueça saneamento básico e prioridades afins. Sabe como é, coisas que ficam debaixo do chão não costumam render vitória nas urnas.

Renan sai das sombras

Há um ano, o senador Renan Calheiros afastou-se da presidência do Congresso para salvar o mandato, ameaçado por acusações de crimes de corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, exploração de prestígio e sonegação fiscal. Contando com a conveniente falta de memória de alguns parlamentares e com a famosa vassalagem de muitos colegas de seu partido, o PMDB, Renan passou as últimas semanas em trabalho de aquecimento para, como diria o presidente Lula, botar o time em campo. Submerso desde que foi absolvido da acusação de quebra do decoro parlamentar, o senador está reorganizando sua antiga tropa de elite para tornar a fazer o que sempre fez: parasitar o governo. O primeiro alvo já está definido: Renan e sua tropa querem voltar a comandar o Congresso.

Existe um acordo entre as direções do PT e do PMDB, as duas maiores bancadas do Congresso, pelo qual esses partidos se alternam no comando da Câmara e do Senado. Hoje, os peemedebistas presidem o Senado e os petistas, a Câmara. Pela combinação, em fevereiro próximo haveria uma inversão. Renan, porém, acha que a supremacia numérica de seu partido e o bom desempenho nas urnas municipais credenciam o PMDB a comandar tanto a Câmara como o Senado, e ameaça acionar sua tropa contra o senador Tião Viana, o petista escolhido para disputar o Senado. Há quem acredite que tudo isso deriva de uma velha mágoa de Renan contra Tião Viana, nascida no episódio de seu afastamento do Senado, quando o petista assumiu interinamente o cargo. Viana não teria seguido o roteiro traçado por Renan. Mas não é só isso.

Enquanto isso, na vida real...

Um mês e meio depois da fatídica segunda-feira em que o Tesouro americano deixou o Lehman Brothers quebrar, o mundo começou a respirar a esperança de que o pior já passou. Os mercados reagiram com altas expressivas ao corte de juros nos Estados Unidos e à expectativa de que o banco central europeu faça o mesmo na semana que vem. No Brasil, o Banco Central continuou tomando medidas adequadas para normalizar a oferta de crédito e segurar a cotação do dólar. Na quarta-feira, seu Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu o movimento de alta nos juros, mantendo a taxa básica em 13,75%. No meio da semana, veio dos EUA um sinal também positivo. O Brasil foi incluído pelo Fed, o banco central dos Estados Unidos, entre os quatro países emergentes (os outros são Cingapura, Coréia do Sul e México) que terão acesso a operações de troca de moeda local por dólares (swap, em inglês). Ela é uma linha de crédito sem precondições de 30 bilhões de dólares. Para o economista Carlos Langoni, do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas, essa é uma chancela até mais significativa do que o grau de investimento, conquistado em abril. Diz Langoni: "Ninguém vai fazer um swap sem garantias e condicionalidades, a não ser com países em que se confia inteiramente".

O voto contra a crise

Cinco dias antes da eleição que vai escolher o 44º presidente dos Estados Unidos, saiu o número que todo mundo previa e todo mundo temia: os americanos, cuja alegre gastança vinha sendo o motor da economia mundial, pararam de pôr a mão no bolso – e fizeram o fantasma da recessão aparecer na esquina. O consumidor americano não reduzia seus gastos desde os tempos do governo de Bush pai (1989-1992). A redução não era tão aguda desde o de Jimmy Carter (1977-1980). E o índice de confiança do consumidor americano não ficava tão baixo desde o presidente Lyndon Johnson (1964-1968). Com o desastre se avizinhando às vésperas da eleição, a esperança dos americanos – e do resto do mundo – é que a realização do pleito, nesta terça-feira, possa, por si só, produzir um efeito psicológico capaz de apaziguar a crise financeira. Será? Será que o voto, com sua energia renovadora, pode levantar um dique de contenção da crise?

Revista IstoÉ

Forte, mas sem rosto

Maior partido político do País, o PMDB saiu essas eleições municipais com um considerável aumento de sua massa muscular: conquistou as prefeituras de 1.201 cidades (tinha 1.059), entre elas seis capitais, e administrará um orçamento de quase R$ 50 bilhões. Com uma capilaridade única no País, o PMDB, contudo, é incapaz de gestar um nome nacional que possa disputar a sucessão do presidente Lula em 2010. Nas duas vezes em que se lançou ao Planalto - em 1989, com Ulysses Guimarães, e em 1994, com Orestes Quércia -, o partido colheu resultados pífios (menos de 5%). E hoje o PMDB assemelha- se àqueles bonecos de parques de diversões que têm um corpo enorme e um orifício no lugar do rosto, onde qualquer pessoa pode colocar a cabeça e dar personalidade ao brinquedo. "Trata-se de uma federação de líderes regionais, sem unidade nacional, mas com uma imensa força política. É uma situação que faz com que cada um desses grupos regionais tenha interesses próprios, e barganhe separadamente esses interesses", diz o cientista político Cláudio Couto, professor da PUC de São Paulo e da Fundação Getulio Vargas. Foi por esse motivo que, em outros tempos, Fernando Henrique Cardoso definiu o PMDB como um "partido-ônibus". Forte e sem um projeto nacional, o partido tende a aprofundar o fisiologismo que permeia suas relações com os governos desde a redemocratização em 1985.

Por isso, o presidente Lula deve pôr as barbas de molho. "O PMDB ainda vai gerar muita dor de cabeça ao PT e ao governo até 2010", aposta Couto.

Serrinha paz e amor

Encerrada a contagem dos votos em São Paulo, o governador José Serra telefonou para o líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal, e afirmou: "Acabaram-se os ressentimentos." A frase é o melhor exemplo da ação política que o tucano vem imprimindo para pavimentar seu caminho rumo à sucessão presidencial. Acostumados a ver em Serra a imagem de mal-humorado e vingativo, políticos que souberam do diálogo com Aníbal se surpreenderam com o tom amigável do governador. Os mais próximos a ele, no entanto, interpretaram a conversa com naturalidade. Nas últimas semanas, Serra tem revelado a seus principais colaboradores que não quer repetir em 2010 os erros de 2002, quando jogou de forma truculenta para disputar a Presidência da República, trombou com o senador Tasso Jereissati (PSDB - CE) e acabou vendo parte do tucanato trabalhando pela candidatura de Ciro Gomes. O estilo "Serrinha paz e amor", disposto a superar antigas e recentes divergências, é a face mais visível do projeto do governador paulista para 2010.

"Meu próximo desafio é fazer o PSDB gostar de mim", disse Serra a um interlocutor com assento no Palácio dos Bandeirantes, logo depois do primeiro turno das eleições municipais. O telefonema para José Aníbal foi o primeiro passo nessa direção.

O novo plano de defesa do Brasil

Demorou, mas a Estratégia Nacional de Defesa vai finalmente sair do papel. O presidente Lula avisou aos ministros que até o fim deste mês assina o decreto que cria o plano militar. A minuta do decreto, à qual ISTOÉ teve acesso com exclusividade, mostra que a nova política do governo para as Forças Armadas é ousada. Como grande guinada no modelo em vigor, o projeto prevê a fabricação de portaaviões não-convencionais, de função múltipla e de menor porte, além de uma base naval na Amazônia e outra para submarinos nucleares. A prioridade é assegurar a soberania do mar territorial e da Bacia Amazônica. Entre outros artefatos, ganham destaque também os veículos não-tripulados de vigilância e combate (Vant), caças supersônicos, submarinos nucleares, mísseis, radares e bombas inteligentes.

Trata-se de um projeto de desenvolvimento para reorganizar as três Forças Armadas e reconstruir a indústria bélica nacional. Fora as 98 páginas do decreto, o governo está redigindo cerca de 20 projetos de lei e medidas provisórias para viabilizar a ambiciosa Estratégia de Defesa. Os custos ainda não foram calculados, mas fala-se em dezenas de bilhões de dólares, que o governo se apressa em justificar. “É aflitivo ter que escolher entre mais hospitais, mais escolas e mais transferências sociais de um lado e mais defesa do outro lado”, diz o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. “Mas nada é mais caro no mundo que a independência nacional.”

Obama ou McCain quem é o melhor para o Brasil?

Novo presidente dos Estados Unidos só será definido na terça- feira 4, mas, nos círculos diplomáticos e acadêmicos ligados ao Brasil na capital americana, é como se o candidato democrata já estivesse eleito. A proximidade com Barack Obama tem sua razão, embora ele nunca tenha visitado a América Latina e só conheça o Brasil por meio dos relatórios de seus assessores. Sua equipe de política externa tem um grupo de acadêmicos respeitados, inclusive especialistas em Brasil, enquanto os assessores do republicano John McCain para a América Latina são mais ligados a Cuba e à "velha agenda" americana para o Sul do hemisfério. Durante a campanha, McCain foi ao México e à Colômbia, uma indicação dos países que ele considera prioritários na região.

"Com a crise econômica e outros assuntos na política externa, o Brasil não estará na agenda do novo presidente americano no início do governo, quem quer que ele seja", disse à ISTOÉ Peter Hakim, presidente do Diálogo Interamericano, principal centro de estudos das relações hemisféricas em Washington. "Mas a eleição de Obama seria melhor para o Brasil, para a América Latina e para o mundo, porque vai romper com a imagem ruim do presidente Bush e criar uma boa vontade em relação aos Estados Unidos", completou.

Revista Época

A História quer Obama

De tempos em tempos, a cada par de gerações, uma eleição americana catalisa as atenções planetárias e transforma cada um de nós em apaixonados eleitores a distância. Foi assim com Richard Nixon versus John Kennedy, no auge da Guerra Fria. O jovem Kennedy falava duro com os comunistas e, ao mesmo tempo, acenava com planos sociais grandiosos. Venceu apertado em 1960. Foi assim com Ronald Reagan contra Jimmy Carter, em 1980. Reagan representava uma revolução conservadora. Carter, um idealista preocupado com direitos humanos, se agarrava às melhores intenções (e aos piores resultados) do Partido Democrata. Reagan venceu com uma avalanche de votos e promoveu uma profunda mudança no país.

Agora, quase 30 anos depois do início da era Reagan, os americanos se preparam para uma escolha presidencial que pode entrar para a História como a mais importante dos últimos cem anos. A eleição marcada para a próxima terça-feira, dia 4 de novembro, já se converteu em marco antes mesmo de seu resultado vir a público. Ela ocorre em circunstâncias tão graves – a maior crise econômica desde 1929, com traços horrivelmente semelhantes aos da Grande Depressão – que faz lembrar a eleição em que Franklin Delano Roosevelt bateu o republicano Herbert Hoover, em 1932. A primeira das três vitórias consecutivas de Roosevelt influenciaria o capitalismo e a sociedade americana pelos 50 anos seguintes. Marcaria aquele que Henry Luce, o criador da revista Time, chamaria de o século americano – o século XX. O personagem central da eleição atual é Barack Hussein Obama, de 47 anos, o primeiro negro com chance de se tornar presidente num país que até 1963 praticava a discriminação legal. Sua ascensão é um exemplo espetacular da capacidade de auto-regeneração americana. Ela constitui uma revolução política e social maior do que foi, em sua época, a vitória do católico Kennedy, presidente aos 43 anos.

A história de Obama se assemelha, de alguma forma, à do presidente Lula, um nordestino, sindicalista e sem diploma – uma combinação biográfica que, em outros tempos, não lhe permitiria chegar nem perto do Palácio do Planalto. Como Obama, Lula superou preconceitos. Sua vitória tornou mais arejada a vida pública brasileira. Como Lula, Obama promete usar a renda e o poder do Estado para corrigir injustiças sociais. Como Lula, Obama desperta esperanças enormes e, provavelmente, injustificadas. Se tiver sorte e debelar a crise econômica ao longo de seu mandato, Obama poderá ser comparado a Roosevelt – como Lula já foi comparado a Getúlio Vargas, o grande herói das massas trabalhadoras brasileiras.

Há também grandes diferenças entre Obama e Lula. Obama pertence a uma minoria racial, mas, do ponto de vista cultural, faz parte da mais refinada elite americana. Formou-se em Direito com distinção em Harvard, uma das melhores universidades do mundo. Casou-se com uma advogada empresarial bem-sucedida, Michelle. Viveu com ela e as duas filhas numa luxuosa casa de Chicago. Embora jovem, já venceu duas eleições legislativas, escreveu dois (bons) livros autobiográficos e conquistou fama de excelente orador. É um homem culto, hábil e muito acima da média em inteligência. Para chegar à disputa presidencial, Obama bateu ninguém menos que Hillary Clinton, um mito entre as feministas americanas, mulher do poderoso ex-presidente Bill Clinton e senadora pelo Estado de Nova York. Ter vencido Hillary é um feito e tanto para um mulato, filho de um pai africano ausente, criado pela família da mãe – gente branca e dura, de classe média baixa – em lugares exóticos como Indonésia e Havaí. Para chegar aonde chegou, numa sociedade competitiva como a americana, enfrentando duas campanhas das mais agressivas – contra Hillary, nas primárias do Partido Democrata, e agora, contra o candidato republicano, John McCain –, Obama só poderia ser alguém excepcional.

Dilma Rousseff - “Veremos quem lida melhor com a crise”

Desde que os efeitos da crise financeira global começaram a chegar ao país, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, passou a fazer jornada dupla. Além de coordenar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), acompanha de perto a elaboração e os resultados de cada uma das últimas medidas da área econômica. Dilma Rousseff é o nome preferido, mas ainda não declarado, do presidente Lula para disputar a sucessão em 2010, quando os efeitos da crise serão avaliados pelo eleitor. Na quinta-feira, depois de divulgar um balanço do PAC, a ministra recebeu ÉPOCA para esta entrevista. Ela aposta que o governo Lula vai se sair melhor que o anterior, de Fernando Henrique Cardoso, no enfrentamento da crise e no julgamento das urnas.

Leia alguns trechos abaixo:

ÉPOCA – Os efeitos da crise econômica vão prejudicar o candidato do governo ao Planalto em 2010?
Dilma Rousseff – Vou dizer o que espero de 2010 e acredito que meus companheiros de governo também esperam: que o povo reconheça o esforço feito por este governo para mudar as condições de desenvolvimento, fazer o país crescer e incluir milhões de brasileiros. A característica principal deste governo é que aumentamos a classe média brasileira em quase 20 milhões de pessoas, resgatamos da pobreza mais de 10 milhões de brasileiros. O governo será avaliado pelo que é.
 
ÉPOCA – Mas a crise será um componente dessa avaliação em 2010.
Dilma – Tenho certeza de que esse componente será favorável ao governo, na visão do povo. Estamos mostrando que sabemos governar na hora mais difícil. Até lá, veremos quem sabe lidar melhor com a crise.
 
ÉPOCA – A senhora não acha que ela favorece a oposição?
Dilma – Só se fosse uma oposição contra o Brasil. Como a crise pode favorecer a oposição, se ela é contra o país, se o governo está tomando as medidas para enfrentá-la? Desde 2003, construímos as condições para ter o melhor desempenho que este país já teve diante de uma crise dessa proporção. Quando começamos a acumular reservas, muita gente criticou, diziam que estávamos loucos. Isso foi possível porque mantivemos a inflação sob controle, fizemos superávit primário (a economia entre a arrecadação de impostos e os gastos do governo), enviamos ao Congresso as medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Foi isso que nos permitiu tomar as medidas preventivas agora.

ÉPOCA – O ex-presidente Fernando Henrique, entre outros, diz que os gastos do governo criarão um problema fiscal grave, com o cenário de queda da arrecadação.
Dilma – Ainda vamos ter de avaliar. Mas é preciso levar em conta, primeiro, que a economia vai continuar crescendo em 2009, mesmo que haja redução no ritmo. Estamos fazendo seguidos superávits primários e temos o excesso de arrecadação. Poderemos contar com um instrumento apresentado antes da crise, o Fundo Soberano. É um fundo fiscal, a poupança que podemos fazer com o excesso de arrecadação para carregar no tempo. A gente poupa nos dias bons para usar na hora de pior desempenho. O Fundo Soberano foi aprovado pela Câmara. Acreditamos que ninguém pode deixar de aprovar (no Senado) algo que seja o melhor para o país.




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