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Aliados políticos do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), devem ser investigados como desdobramento do esquema chamado de “mensalão mineiro”. Na denúncia oferecida ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, pede que os promotores mineiros apurem um empréstimo de mais de R$ 700 mil que a agência de publicidade de Marcos Valério, a SMPB, tomou no Banco Rural.
Segundo ele, o empréstimo foi avalizado em 2004, ano das eleições municipais, pelo secretário de Governo de Aécio, Danilo de Castro, e pelo líder do governo de Minas na Assembléia Legislativa, Mauri Torres.
Essa notícia é o destaque político nas edições de hoje dos principais jornais do país. “O governo mineiro corre o risco de entrar nos holofotes na segunda fase das investigações do mensalão tucano”, avalia O Estado de S.Paulo.
Segundo a Folha de S.Paulo, Castro e Torres alegaram “um pedido pessoal” de Ramon Hollerbach Cardoso para avalizar o empréstimo. Hollembach é sócio de Valério e, assim como ele, um dos 15 denunciados pelo Ministério Público no mensalão mineiro.
No esquema, o Ministério Público aponta um desvio de dinheiro público para beneficiar, em 1998, a campanha à reeleição do então governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), e que teria contado com a participação do ex-ministro de Lula Walfrido dos Mares Guia. Ambos também foram denunciados por Antônio Fernando de Souza.
O procurador pediu que os colegas do MP de Minas apurem "a conduta sob os enfoques cível e criminal" de Castro e Torres, de acordo com a Folha. (Eduardo Militão)