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Congresso em Foco
22/5/2007 | Atualizado às 19:21
Na reunião semanal dos líderes partidários da Câmara o assunto principal foi os desdobramentos da Operação Navalha, desencadeada pela Polícia Federal (PF) na última semana, além das suspeitas de participação de parlamentares no esquema.
Ficou decidido que a Mesa Diretora vai requisitar os autos da investigação. “Falamos sobre a transferência do sigilo, com todos os autos, para tomarmos providências”, afirmou o líder do PSDB, deputado Antônio Carlos Pannunzio (SP). “Vamos pedir esses documentos até para não atrapalharmos as investigações”, emendou José Múcio (PTB-PE), líder do governo na Câmara.
Alguns, no entanto, não concordaram com o pedido da Casa para ter acesso aos autos da PF. “Aqui [o Congresso] não é delegacia de polícia. Vamos deixar o Ministério Público e a Polícia Federal investigarem primeiro”, declarou o líder do PR Luciano Castro (PR).
Apesar de alguns partidos (PPS e Psol) já estarem em plena campanha para uma CPI que investigue a máfia das obras públicas (leia mais), recolhendo, inclusive, assinaturas, a maioria dos líderes se mostrou contrária à idéia.
“Uma CPI nesse momento ajuda ou atrapalha? É preciso ter cautela, as investigações ainda não terminaram”, advertiu Luiz Sérgio (RJ), líder do PT.
Pannunzio, no entanto, se mostrou favorável a uma investigação parlamentar que apure a máfia das obras públicas, desde que “seja
comprovado o envolvimento de autoridades da República no esquema, sejam ministros ou parlamentares”.
Reforma política
Além da Operação Navalha, a reforma política também foi tema da reunião, que durou quase três horas. A previsão é de que a reforma comece a ser analisada na próxima semana pelos deputados. Pela conversa da reunião de líderes, será rejeitado o projeto já apresentado pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) (leia mais). Um outro projeto, com o mesmo teor, será apresentado pelos deputados, para que sua votação termine na Câmara, já que precisará passar pelo Senado.
Há, contudo, divergências entre os partidos quanto a reforma política ideal, principalmente em relação a aspectos como o financiamento público de campanha, o voto em lista preordenada e o fim das coligações partidárias. Na prática, a reforma política será desmembrada. Dessa forma, os parlamentares vão apresentar emendas no plenário.
Devido aos desencontros sobre o modelo da reforma política, o texto-base pode ser aprovado. No entanto, a votação das emendas ficaria para depois. (Lucas Ferraz)
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