Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
21/5/2007 | Atualizado às 13:01
O presidente Lula decidiu tirar da gaveta o projeto de construção da Usina Nuclear Angra 3. Segundo o jornal Valor Econômico, a decisão foi anunciada aos ministros há cerca de um mês, em uma reunião no Palácio do Planalto. O presidente deve participar em breve da reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que vai discutir a retomada da construção da usina.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ex-ministra de Minas e Energia, resistia ao projeto por conta do alto custo da energia nuclear, mas cedeu ao argumento de que o Brasil precisa ampliar a matriz energética e de que outras fontes têm preço igual ou superior ao da energia nuclear. Com isso, apenas a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ainda se opõe à construção.
Segundo o Valor, a revisão do Programa Nuclear Brasileiro já estaria pronta desde o início de 2006, mas, como o assunto é polêmico, Lula decidiu deixar a discussão para depois das eleições. O presidente conheceu o projeto detalhadamente em abril de 2007 e já teria encomendado aos ministros uma estratégia para comunicar à sociedade a retomada do programa nuclear.
O projeto de construção da usina Angra 3, orçado em cerca de R$ 7,2 bilhões, prevê o início do funcionamento no fim de 2012. Hoje, a energia nuclear representa apenas 1,5% da matriz energética brasileira. Com Angra 3, pode aumentar para algo entre 4% a 5% em 20 anos.
O projeto do governo prevê um índice de nacionalização de 70%. Os principais componentes já foram comprados, ao custo aproximado de US$ 750 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão). Para tentar dobrar a animosidade dos ambientalistas, o governo está se cercando de cuidados quanto à segurança. A usina terá uma espécie de couraça capaz de resistir ao choque de um avião grande. (Carol Ferrare)
Temas
RESOLUÇÃO DERRUBADA
Veja como cada deputado votou no projeto sobre aborto em crianças
PROTEÇÃO À INFÂNCIA
Governo critica projeto que suspende norma sobre aborto legal infantil