O pedido feito pelos governadores petistas –
Jaques Wagner (Bahia), Ana Júlia Carepa (Pará), Wellington Dias (Piauí), Binho Marques (Acre) e Marcelo Déda (Sergipe) – ao presidente Lula no sábado (10) para que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seja negociado com eles em separado, devido ao fato de integrarem a mesma legenda, irritou os governadores de outros partidos.
Segundo o jornal
O Estado de S. Paulo, os demais governadores temem que o PAC seja partidarizado. “Aproveitar um evento partidário para fazer pressão é até natural, mas será um escândalo se o presidente Lula os atender. Tudo no governo do presidente Lula já tem viés que privilegia os aliados. Agora, se ele olhar mais para os estados governados pelo PT, seu programa terá de mudar de nome, passando a se chamar Programa de Aceleração Eleitoral”, afirmou a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB).
Já o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), por meio da assessoria de imprensa, disse não acreditar que o governo possa “partidarizar” o PAC, além de ressaltar que não crê nessa jogada dos governadores petistas. “O Governo do Paraná não acredita nisso. Considera isso fofoca sem sentido”, declarou.
Quanto ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), não se mostrou preocupado com o fato. “Não vejo problema. Isso é um direito deles e eu não sou ciumento”, ironizou.