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Congresso em Foco
30/10/2006 | Atualizado às 19:43
O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), afirmou hoje (30) que o partido está disposto a dialogar com o presidente Lula. Jereissati ressaltou que o diálogo com os petistas está aberto, mas sem a possibilidade de alianças ou cooptações para o novo governo.
"Dialogar, pessoalmente eu dialogo com todo mundo, faz parte da política, do dia-a-dia da política. O que não se abre é porta para a cooptação. Também não entendemos que as eleições representam anistia para crimes", ressaltou o líder tucano.
Jereissati destacou que a postura do PSDB no próximo mandato de Lula será de oposição "dura e enérgica". No entanto, o partido estaria disposto a colaborar para a votação de matérias importantes ao país. "A mesma eleição que colocou Lula na presidência jogou o partido imediatamente na oposição. E essa oposição será dura, constante, mas sem deixar de discutir problemas nacionais".
O presidente tucano também afirmou que os governadores do PSDB estão livres para dialogar com o governo federal, mas enfatizou que o governador reeleito de Minas Gerais, Aécio Neves, e o governador eleito de São Paulo, José Serra, são "incooptáveis" pelo governo federal. "Afirmo como presidente do PSDB que o Serra e o Aécio são incooptáveis", disse.
Em relação à eleição que garantiu mais um mandato ao presidente Lula, Jereissati afirmou que o PSDB reconhece como legítima a eleição do petista e que o partido não está disposto a recorrer ao chamado "terceiro turno". "Não espere do PSDB nada parecido com questionamento. Isso está na Justiça. Uma coisa é eleição, outra são os crimes cometidos pelo governo", declarou.
O senador tucano reconheceu erros na campanha tucana ao Planalto, especialmente em relação ao fato do programa de Alckmin não ter conseguido rebater as ameaças de privatizações e do fim do programa Bolsa Família. "Os marqueteiros do Lula foram muito bons nisso e não conseguimos rebater com a mesma agilidade", reconheceu.
Tasso também afirmou que os tucanos continuarão a ressaltar a importância das privatizações realizados durante o governo FHC. "A privatização foi fundamental no Estado brasileiro. O que vamos questionar é a crença do governo, quando por exemplo for fazer PPPs [parcerias público-privadas], que não deixam de ser privatizações", criticou.
Em relação ao futuro político do candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, Jereissati não descartou a possibilidade do tucano assumir a presidência do partido. O senador cearense afirmou que os tucanos ainda não discutiram o futuro político de Alckmin, mas reconheceu a influência política do candidato derrotado ao Planalto dentro da legenda.
"O Geraldo saiu com quase 40 milhões de votos. É um capital eleitoral fantástico que, qualquer que seja o seu destino, será de influência política no PSDB. Pode ser a presidência, eu não estou indicando, mas isso ainda não foi discutido", disse Jereissati.
FHC: "Vou continuar dando trabalho ao Lula"
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou hoje (30) que vai continuar "dando trabalho" para o presidente Lula neste segundo governo. "Não se pode pedir que haja adesão a quem foi eleito. O governo tem que dizer o que quer fazer e a oposição pode apoiar ou não. É uma deformação da democracia quando quem ganha quer puxar todos para o seu lado", ressaltou. Além disso, FHC disse que os tucanos devem ser firmes nos próximos quatro anos. "Eles não podem enfiar a cabeça na areia", disse
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