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CPI pode convocar Bargas, Lorenzetti e Berzoini

Congresso em Foco

20/9/2006 | Atualizado às 7:38

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A CPI dos Sanguessugas deve convocar o ex-secretário do Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas, um dos coordenadores da campanha de Lula à reeleição. O requerimento foi apresentado ontem pelo vice-presidente da comissão, Raul Jungmann (PPS-PE). Os integrantes da comissão acertaram que, devido ao baixo quorum no Congresso, a análise do pedido será feita somente após as eleições. Também podem ser convocados o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e Jorge Lorenzetti, que ontem se afastou do comitê de campanha de Lula.

Ontem, a revista Época afirmou, em nota, que o ex-secretário de Relações do Trabalho marcou encontro com um de seus repórteres para oferecer um dossiê com informações contra José Serra, candidato do PSDB ao governo de São Paulo. No mesmo dia, ele teria desistido de repassar as informações.

"Já tivemos conhecimento das denúncias e decidi incluir o requerimento entre os demais que pedem a convocação de envolvidos na compra do dossiê", disse Jungmann. Segundo a revista, Bargas disse que o ninguém do governo ou do PT sabia do material e que apenas o presidente do partido tinha conhecimento do encontro com o jornalista.

Ricardo Berzoini divulgou nota ontem para afirmar que, embora soubesse da reunião, desconhecia a existência de qualquer dossiê. Mesmo assim, ele também pode ser convocado pela CPI. "Se as explicações do Berzoini não forem suficientes, amanhã apresento um novo requerimento à CPI", garantiu o vice-presidente da comissão.

Frentes de investigação

A comissão vai abrir duas frentes de investigação para apurar o episódio. A primeira levantará, com base em um dossiê apreendido pela Polícia Federal com um parente da família Vedoin, se José Serra esteve envolvido no escândalo das ambulâncias quando era ministro da Saúde.

A outra frente vai levantar se o PT está envolvido na tentativa de compra desse material. Na última quinta-feira (14), a PF prendeu Paulo Roberto Trevisan, tio de Luiz Antonio Vedoin, dono da Planam, quando ele embarcava rumo a São Paulo para vender o dossiê. Os documentos - seis fotos, um DVD e uma fita de vídeo - mostram Serra e Alckmin em uma solenidade de entrega de ambulâncias compradas pela fraude.

O presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse que vai solicitar formalmente ao Ministério Público em Mato Grosso, à Polícia Federal e à Procuradoria Geral da República (PGR) todas as informações e documentos sobre o episódio.

"A linha de investigação será ampla para apurar essa criminosa ação com o Vedoin", disse Biscaia. A CPI não conseguiu decidir, porém, se vai convocar Serra e o ex-ministro da Saúde Barjas Negri para depor. Segundo os donos da Planam, o esquema cresceu durante a gestão deles na pasta.

Analista da campanha de Lula pede demissão

O analista de risco e mídia da campanha presidencial de Lula, Jorge Lorenzetti, afastou-se ontem do cargo. Por carta, ele afirmou "ter extrapolado os limites de minhas atribuições como assessor de risco e mídia da Coligação A Força do Povo" e disse que em momento algum autorizou "o emprego de qualquer tipo de negociação financeira na busca de informações relacionadas a adversários políticos".

Lorenzetti, que ficou conhecido ao longo do governo petista como o churrasqueiro pessoal de Lula, era chefe do setor de informações da campanha presidencial. Ex-dirigente da CUT, ele é o superior imediato do ex-agente da Polícia Federal Gedimar Passos Pereira, preso em São Paulo na semana passada com R$ 1,7 milhão. O dinheiro seria usado para comprar o dossiê, que envolveria Serra com a máfia dos sanguessugas.

A revista Época divulgou nota ontem em que afirma que o ex-secretário do Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas solicitou reunião com repórteres da revista para oferecer um dossiê contra o tucano José Serra. Lorenzetti, afirma a nota, participou da reunião.

Em depoimento à PF, o ex-policial disse que negociou a compra do material a pedido de uma pessoa chamada "Freud ou Froud", ligada ao PT. Assessor especial da Presidência, Freud Godoy pediu demissão do cargo após admitir ter se encontrado quatro vezes com Gedimar. Segundo Freud, foi Lorenzetti quem os apresentou. O ex-assessor de Lula nega, no entanto, qualquer envolvimento na negociação do dossiê contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.

Confira a íntegra da carta de Lorenzetti

"Senhor Presidente,
 
Reporto-me aos fatos ocorridos no dia 15 de setembro passado e que vêm sendo objeto de ampla divulgação pela imprensa nacional.
 
Julgo ter extrapolado os limites de minhas atribuições como assessor de risco e mídia da Coligação A Força do Povo, mas, nada obstante, afirmo taxativamente que em momento algum autorizei o emprego de qualquer tipo de negociação financeira na busca de informações relacionadas a adversários políticos.
 
Minha participação no episódio circunscreveu-se tão somente em solicitar que fosse averiguada a autenticidade dessas informações, visando, exclusivamente, contribuir para a correção de uma injustiça que vem sendo cometida contra o Partido dos Trabalhadores no escândalo conhecido como a Máfia dos Sanguessugas.
 
Já encaminhei, através de meu advogado, petição ao Departamento da Polícia Federal colocando-me à disposição para prestar os esclarecimentos necessários à apuração dos fatos, e faço o mesmo, por essa missiva em relação ao Partido dos Trabalhadores - razão pela qual comunico meu desligamento incondicional das atividades da campanha da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
Desde já, apresento minhas sinceras desculpas se não correspondi à confiança depositada em minha pessoa".

Lula classifica de "abominável" a elaboração de dossiês

O presidente Lula questionou ontem, durante entrevista nos bastidores do lançamento da Central Internacional de Compra de Medicamento da ONU, em Nova Iorque, a quem interessaria atrapalhar o processo eleitoral brasileiro. Lula classificou de "abominável" o processo de elaboração de dossiês, de acordo com a Agência Estado.

"Eu já participei de muitas eleições e estive em situações altamente desfavoráveis. Em nenhum momento eu utilizei qualquer tipo de denúncia contra qualquer candidato, mesmo quando tinha gente achando que a gente deveria fazer. O último caso foi o das Ilhas Cayman quando eu preferi entregar aos acusados o chamado dossiê."

"Por que alguém iria querer me ajudar a fazer um ato insano destes?", questionou o presidente. "É importante lembrar que aqueles que estão me acusando agora queriam que eu não participasse da reeleição. Faz dois anos que eles dizem que vão criar todo tipo de confusão para evitar que nosso governo tenha o resultado que está tendo", emendou.

Lula disse que vai pedir a investigação dos fatos e a condenação de todos os culpados. "A mim, como presidente da República, cabe investigar a fundo quem tiver envolvido, doa a quem doer. Todo mundo que conhece meu comportamento sabe que eu acho abominável este tipo de comportamento na política", afirmou.

Suplicy quer investigação interna no PT

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu nessa terça-feira a abertura de um processo interno no PT para apurar o episódio da compra de um dossiê contra o candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra.

"Eu acho e recomendo ao presidente Ricardo Berzoini que, de pronto, se instaure um processo de apuração, o mais completo a respeito, porque o procedimento foi inteiramente condenável", afirmou Suplicy.

Para o senador, a instauração de um processo interno vai mostrar à sociedade que o PT quer esclarecer os fatos. Sem isso, acredita ele, o partido pode sair prejudicado nas eleições.

"Acho que o Partido dos Trabalhadores precisa mostrar, o mais rapidamente possível, o seu empenho em elucidar inteiramente os episódios, até para que não haja prejuízo para nós nas eleições de 1º de outubro", declarou.

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