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Congresso em Foco
20/9/2006 | Atualizado às 14:25
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostra que o ex-assessor da Presidência Freud Godoy também manteve relações comerciais com o empresário Marcos Valério, acusado de ser o principal financiador do esquema do mensalão. Segundo a repórter Sônia Filgueiras, a Caso Comércio e Serviços Ltda., de propriedade de Freud, recebeu R$ 98,5 mil da SMP&B Comunicação Ltda., agência de Valério apontada com uma das alimentadoras do valerioduto.
Freud pediu demissão do cargo anteontem (18) após admitir ter se encontrado quatro vezes com o advogado Gedimar Passos, preso ao lado do empresário Valdebran Padilha. Os dois tinham em mãos cerca de R$ 1,7 milhão. O dinheiro seria repassado ao empresário Luiz Antonio Vedoin em troca de um dossiê que comprometeria os candidatos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra.
Na contabilidade da SMP&B, entregue por Valério à CPI dos Correios, consta o repasse, de 20 de janeiro de 2003, em favor da Caso Comércio e Serviços, que também prestou serviços na campanha do presidente Lula em 2002.
O banco de dados da CPI dos Correios mostra também que a empresa Duda Mendonça e Associados Ltda., do publicitário Duda Mendonça, fez repasses a outra empresa de Freud, a Caso Sistemas de Segurança Ltda - registrada em nome da mulher e do cunhado dele. Segundo o Estadão, são três pagamentos no valor total de R$ 22,8 mil, feitos entre setembro e novembro de 2004, período que coincide com a eleição municipal daquele ano.
A SMP&B, detentora de diversos contratos de propaganda com o governo, foi apontada como uma das principais fornecedoras de recursos do valerioduto, cuja existência foi confirmada pela CPI e pelo Ministério Público Federal. Os trabalhos da CPI dos Correios revelaram que a propina também cobriu despesas de integrantes do próprio PT e provinha de uma triangulação que envolvia dinheiro do Banco Rural e contratos de propagada que Valério mantinha com o governo.
"Na contabilidade da SMPB, o repasse de R$ 98,5 mil, realizado 20 dias após a posse de Lula, está registrado como referente à execução de serviços de 'ass. (possivelmente assessoria) geral reestruturação adm (possivelmente administrativa)', embora, ao que se saiba, a especialidade de Freud seja a segurança e, em seus registros junto à Receita Federal, informasse como atividade principal o comércio varejista", diz a reportagem. Procurado pelo Estadão, o advogado de Valério, Marcelo Leonardo, informou que a despesa pode estar associada ao pagamento de despesas de algum evento.
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