Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. PT de SP é envolvido em compra de dossiê

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

PT de SP é envolvido em compra de dossiê

Congresso em Foco

17/9/2006 | Atualizado às 8:51

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Em depoimento prestado ontem (16) à Polícia Federal o empresário paulista Valdebran Padilha, filiado ao PT, e o advogado Gedimar Passos confirmaram as suspeitas da PF e deram detalhes das negociações para a compra do dossiê que relacionaria o ex-ministro da saúde José Serra e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin com a máfia dos sanguessugas.

Gedimar contou que o dinheiro para a compra do material (R$ 1,75 milhão) foi entregue a ele por um representante da Executiva Estadual do PT em São Paulo. Apesar de não ter dito um nome, o empresário fez uma descrição física detalhada e contou detalhes de seu encontro com o emissário petista. Falou da roupa que usava a pessoa que entregou o dinheiro e das circunstâncias do encontro.

Valdebran e Gedimar foram presos na sexta-feira (15) em um hotel de São Paulo. Os dois confessaram que se encontrariam com o dono da Planam Luiz Antonio Vedoin e com o primo dele Paulo Roberto Trevisan para receber e analisar o material.

De acordo com os depoimentos, a compra do dossiê apreendido com Paulo Roberto, contendo uma fita de vídeo, um DVD, uma agenda e seis fotos, foi encomendada por integrantes do PT. Eles contaram que houve dificuldade para levantar o dinheiro, pois inicialmente Vedoin  havia pedido R$ 20 milhões pelo material.

Depois de muita negociação, o acordo teria sido fechado por R$ 2 milhões, mas como o partido não possuía todo o dinheiro, tentaria conseguir efetuar a compra com o R$ 1,75 milhão. Gedimar e Valdebran contaram que eles seriam os responsáveis pela divulgação das imagens do dossiê.

Nas fotos aparecem o José Serra e Geraldo Alckmin em cerimônias de entrega de ambulâncias que teriam sido compradas por meio das emendas parlamentares da máfia dos sanguessugas, na época em que Serra era ministro e Alckmin, governador.

Na filmagem aparecem imagens da entrega de 40 ambulâncias, adquiridas da Planam, para prefeituras do Mato Grosso, quando Serra era ministro da saúde.

Tanto Serra quanto Alckmin negaram que os eventos de entrega de ambulâncias tenham existido e questionaram a veracidade dos dossiês apreendidos pela PF. "As entregas eram feitas por pregões", disse Geraldo Alckmin. "Meus adversários organizaram uma grande baixaria para minha candidatura", completou Serra.

Desmantelamento
 
O esquema de compra de dossiês começou a ser desmontado na noite de quinta-feira (14), quando Paulo Roberto foi detido pela Polícia Federal no aeroporto de Cuiabá (MT). O depoimento prestado por ele levou à prisão de Luiz Antonio Vedoin (leia mais), em Cuiabá e de Valdebran e Gedimar, em São Paulo.

Paulo Roberto foi liberado após o depoimento porque ainda não havia determinação judicial contra ele. A ordem de prisão foi emitida na noite de sexta-feira e o empresário foi detido por volta das 6h de ontem (16), em sua casa, em Cuiabá. O empresário é acusado de ocultar provas.
As prisões de Paulo Roberto Trevisan, Valdebran Padilha e Gedimar Pereira Passos são temporárias e válidas por cinco dias, podendo ser renovadas.

Nota de Berzoini

O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, divulgou nota pública de esclarecimento no site do partido dizendo que considera graves as denúncias publicadas na revista Istoé (veja o que foi publicado sobre o caso), mas que "ao contrário dos adversários" não farão "pré-julgamentos" e sim exigirão "a rigorosa e isenta investigação das denúncias, para apurar todas as responsabilidades".

Acrescentou que o partido sempre "rejeitou o denuncismo eleitoral e a produção ilegal de dossiês" e que confia na apuração da PF.

"Em relação ao filiado do PT que foi preso pela PF, encaminharei ao Diretório Nacional a aplicação da suspensão cautelar, conforme o estatuto, e abertura de procedimento disciplinar", garantiu Ricardo Berzoini na nota.

Para finalizar, o presidente do PT insinuou que o esquema de compra de dossiês tenha sido armado por adversários políticos de Lula para "conturbar a disputa eleitoral".

"Diante da consolidação da liderança de nossa candidatura presidencial e da frustração daqueles que desejaram destruir o PT, não nos surpreende que ocorram episódios dessa natureza", disse.  

Alckmin ataca PT

Em solenidade de campanha em Brusque (SC), o candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin insinuou que a direção nacional do PT está por trás do esquema de compra de dossiês.

"Quando se vai ao submundo do crime, se encontra alguém do PT. É preciso mostrar o dinheiro, de onde isso veio, os criminosos, quem é o corruptor e a quem serve isso", disse o tucano.

O presidenciável voltou a afirmar que as fotos são falsas e que as ambulâncias eram entregues em pregões eletrônicos e não em solenidades.

"Será que alguém fez isso por livre e espontânea vontade, apenas porque deu na cabeça? R$ 1,7 milhão não caem do céu. Isso não é uma obra do acaso", argumentou Alckmin, enquanto desafiava qualquer um a apresentar as fotos. "Não vou discutir com criminoso", acrescentou.

Lula critica divulgação de dossiês

Também em solenidade de campanha, o presidente Lula condenou a divulgação de dossiês, principalmente quando aparecem às vésperas das eleições. "Eu fico imaginando que, se todas essas denúncias forem mentiras, quem é que vai dizer que é mentira, quem vai reparar o erro que aconteceu depois das eleições".

O presidente acrescentou ainda: "Quem quiser fazer bandidagem, por favor, não queira o Lula como parceiro, porque não aceito esse tipo de coisa".

O comentário foi uma resposta ao candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, que insinuou o envolvimento do diretório nacional do PT no esquema de compra de dossiês, desmantelado ontem (16) pela Polícia Federal.

PSDB quer fiscalização neutra

O presidente do PSDB, Tasso Jereissati solicitou ao ministro da justiça Márcio Thomaz Bastos que as investigações da Polícia Federal quanto ao esquema de compra de dossiês sejam fiscalizadas por uma instituição neutra.

Em resposta, o ministro afirmou que as atividades da PF já são fiscalizadas e que esse é um procedimento de praxe em qualquer investigação. "Acredito que a Polícia Federal já conquistou a confiança da população", disse Thomaz Bastos.

Como a Polícia Federal é uma instituição ligada ao governo e há denúncias contra adversários políticos de Lula, os tucanos temem que as investigações sejam tendenciosas.

Programa eleitoral

Ao final do programa eleitoral do candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) foi apresentada a reportagem publicada hoje no jornal Folha de São Paulo falando do dinheiro encontrado com o empresário paulista Valdemar Padilha e com o agente aposentado da PF Gedimar Passos.

O dinheiro seria usado para a compra de material que mostra a presença de Alckmin e do ex-ministro da saúde José Serra, que concorre ao governo de São Paulo, em eventos para a entrega de ambulâncias que teriam sido adquiridas no esquema dos sanguessugas.

Ao mostrar o jornal na TV, o apresentador fala: "A polícia encontrou R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo nas mãos de empreiteiros do PT às vésperas das eleições. De onde veio este dinheiro? Quem tem interesse nisso? Quem ganharia? O Brasil é que não". E conclui: "Diga não à baixaria, vote para um Brasil decente".

Apesar de ter apresentado um programa diferente do da manhã, Lula não tocou no assunto. Em compromissos de campanha no Nordeste, na tarde de hoje (16), o presidente lamentou o aparecimento dos dossiês. "Um dossiê como esse contra o Serra é tão abominável quanto qualquer outro dossiê. Isso não reverte os números nas eleições, apenas colabora para que a população fique com nojo da política", defendeu o presidente. 

Empresário relata como conheceu Vedoin

O empresário Abel Pereira, acusado de ter intermediado a venda de ambulâncias superfaturadas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, admitiu, em entrevista ao Jornal de Piracicaba, nesse sábado (16) que conhecia Darci Vedoin, um dos sócios da Planam.

Abel negou ter qualquer participação para a liberação de verbas e disse que foi apresentado a Vedoin pelo então prefeito da cidade de Jaciara (MT). Na entrevista, o empresário informou que tem uma fazenda em Jaciara e que estava conversando com o prefeito do local sobre um projeto de criação de vacas de leite. Em uma das reuniões, Abel teria sido apresentado a Darci Vedoin. "A conversa se resumiu ao negócio de vacas, mas acabou não evoluindo", disse ele ao jornal

Darci Vedoin e seu filho Luiz Antonio acusam o empresário de ter intermediado a venda de ambulâncias do esquema dos sanguessugas durante a gestão do ex-ministro Barjas Negri, do PSDB, que substituiu José Serra no ministério. De acordo com os donos do Planam, Abel era o responsável por falar "em nome" do ministro" para liberar as ambulâncias.

Abel disse ter uma relação de amizade com Barjas Negri, que é prefeito de Piracicaba, mas garantiu que jamais se envolveu no esquema de compra de ambulâncias denunciado pela CPI dos Sanguessugas.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

PSDB quer fiscalização neutra

Empresário relata como conheceu Vedoin

PT de SP é envolvido em compra de dossiê contra Serra

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

PEC 3/2021

Veja como cada deputado votou na PEC da Blindagem

2

INFRAESTRUTURA

MP do Setor Elétrico é aprovada na Câmara em último dia de validade

3

IMUNIDADE PARLAMENTAR

Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara

4

Comissão de Direitos Humanos

PEC da Blindagem será recebida com "horror" pelo povo, afirma Damares

5

IMUNIDADE PARLAMENTAR

Senadores ameaçam enterrar a PEC da Blindagem

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES