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Congresso em Foco
16/9/2006 | Atualizado 17/9/2006 às 0:46
O dinheiro destinado a comprar material para tentar acusar candidatos tucanos de ligação com a máfia dos sanguessugas veio de um representante da Executiva Estadual do PT em São Paulo, revela reportagem de Sônia Filgueiras para a Agência Estado.
De acordo com a matéria, a informação foi obtida pela Polícia Federal nos depoimentos do empresário paulista Valdebran Padilha e do advogado Gedimar Passos. Os dois foram presos em um hotel de São Paulo na manhã de ontem (15) com R$ 1,75 milhão em notas de dólar e real.
Apesar de não terem dito um nome, os depoentes deram uma descrição física detalhada do emissário petista. Contaram as circunstâncias do encontro e até roupa que ele usava na ocasião. Gedimar Passos contou, segundo a Agência Estado, que foi ele quem recebeu o dinheiro do emissário.
A agência de notícias disse que procurou o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, mas que ele não quis comentar a informação.
Negociação
No depoimento, Gedimar e Valdebran teriam confirmado que o dinheiro encontrado com eles seria usado para comprar fotos e vídeos que mostram o ex-ministro da saúde José Serra, candidato ao governo em São Paulo, e o ex-governador do estado Geraldo Alckmin, que concorre a presidente, em solenidades de entrega de ambulâncias. Os documentos estavam com Paulo Roberto Trevisan, primo de Luiz Antonio Vedoin, no momento em que ele foi detido no aeroporto de Cuiabá (MT).
Tanto Serra quanto Alckmin negaram que os eventos de entrega de ambulâncias tenham existido e questionaram a veracidade dos "dossiês" apreendidos pela PF. "As entregas eram feitas por pregões", disse Geraldo Alckmin.
De acordo com a Agência Estado, Gedimar e Valdebran confessaram que tinham um encontro marcado com Paulo Roberto e Luiz Vedoin para receber o material e que ficariam responsáveis por avaliar o "dossiê" e fazer a divulgação do material. Eles contaram que houve dificuldade para levantar o dinheiro, pois inicialmente Vedoin pediu R$ 20 milhões.
Depois de muita negociação, o acordo teria sido fechado em R$ 2 milhões - quantia que o diretório estadual paulista do PT não possuía na totalidade, segundo Gedimar Passos.
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