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Parlamentares empregam filhos, amigos e até fantasmas

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27/8/2006 | Atualizado 28/8/2006 às 6:27

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O jornal Correio Braziliense traz na edição deste domingo (27) uma reportagem revelando que pelo menos 11 deputados e um ex-deputado contrataram servidores fantasmas para a Câmara. Segundo a matéria, de Helayne Boaventura e Fabíola Góis, três deles não trabalham na Casa. São fantasmas, que só prestam serviço no papel. Eles custam  R$ 8.079 por mês, ou R$ 105.030 por ano.

A filha do deputado Remi Trinta (PL-MA), Clarissa Cabral Trinta, foi contratada para a diretoria legislativa da Câmara. No entanto, os registros mostram que ela foi cedida para a Liderança do PL, partido ao qual o pai está filiado. Clarissa recebe R$ 2.388, o equivalente a um cargo de natureza especial (CNE) 14.

De acordo com a reportagem, Clarissa não foi encontrada. "Isso porque ela trabalha há exatos 2.223 quilômetros de Brasília, em Palmeirândia, uma cidade do Maranhão a 66 quilômetros de São Luís. É dentista e dirige o Hospital Municipal do município. Está na função há cerca de três meses. Todos no hospital a conhecem e sabem que ela é filha do deputado Remi Trinta. Antes disso, ela trabalhou por pelo menos um ano em outra cidade do interior maranhense, São Bento. Ou seja, há quase um ano e meio ela está impedida de trabalhar na Câmara. Mas seu nome consta como servidora da Casa e o salário cai na conta todo mês", diz a matéria.

Situação parecida vive Ana Beatriz Cunha e Silva Lins, filha do deputado Átila Lins (PMDB-AM). Ela é beneficiária de uma remuneração de R$ 3.904 (CNE 11).Foi procurada na Diretoria-Geral da Câmara, a lotação oficial, e na Primeira Vice-Presidência, para onde ela teria sido cedida. Funcionários dizem que ela não trabalha em nenhum dos locais. Outro "funcionário" nessa situação é Wandecy Gabriel de Brito, filho do ex-deputado Nilson Gibson. Ele nunca está nos locais onde deveria estar trabalhando. Wandecy recebe salário de R$ 1.952 (CNE 15) da Coordenação de Registro Funcional.

Além dos fantasmas, que foram apontados na matéria, há parentes de deputados em situação flagrantemente irregular. José Nilson Santiago Segundo, primo do líder do PMDB na Câmara, Wilson Santiago (PB), é contratado da Câmara e recebe salário de R$ 2.388. O problema é que ele não pisa em Brasília. Trabalha no gabinete do deputado em João Pessoa. O irmão do deputado Carlos William (PMDB-MG) Ary de Souza Júnior até trabalha no gabinete, mas não cumpre horário.
 
Veja a lista de quem nomeia parente, segundo o jornal Correio Brazilienese

Átila Lins (PMDB/AM)

Emprega a filha, Ana Beatriz Cunha e Silva Lins, que recebe R$ 3.904,17 mas não aparece para trabalhar nem na diretoria-geral, à qual está vinculada, nem na vice-presidência, onde a Câmara informa que ela deveria dar expediente

B. Sá (PSB/PI)

Emprega a mulher, Odimércia Araújo Costa Reis Sá, que recebe R$ 3.904,17 para trabalhar no gabinete do marido. Na sexta-feira, ela não estava no local. Teria ido ao hospital.

Gonzaga Patriota (PSB/PE)

Emprega a filha Gandhy Lua de Queiroz Andrade Patriota e a mulher, Rocksana Belmárcia, cada uma com salário de R$ 1.952,12. A filha, que mora em Salvador, foi demitida após revelação de que era funcionária "fantasma". A mulher trabalha no escritório de Patriota em Pernambuco.

Remi Trinta (PL/MA)

Emprega a filha Clarissa Cabral Trinta, por R$ 2.388,24. Registrada na diretoria legislativa, deveria dar expediente na liderança do PL, mas ela nem mora em Brasília. É diretora de hospital em Palmeirândia (MA), onde reside. Foi exonerada semana passada.

Ex-deputado Nilson Gibson

Emprega o filho Gabriel de Brito. Com salário de R$ 1.952,12, está lotado na Coordenação de Registro Funcional, mas cedido à Comissão de Educação e Cultura. Não foi encontrado em nenhum dos dois locais.

Carlos William (PMDB/MG)

Emprega o irmão Ary de Souza Júnior, cujo salário é R$ 2.388,24. Lotado na diretoria legislativa, consta que deveria trabalhar no gabinete do deputado, mas não cumpre os horários regularmente.

Wilson Santiago (PMDB/PB)

Nomeou o primo José Nilson Santiago Segundo, com salário de R$ 2.388,24. Trabalha no escritório do deputado na Paraíba.

Osvaldo Reis (PMDB/TO)

Nomeou a filha Denise Souza Reis. Com salário de R$ 2.388,24, trabalha no gabinete do pai.

Zé Lima (PP/AP)

Empregava a filha Dilaene Lima da Silva Antunes. Com salário de R$ 1.952,12, foi exonerada na semana passada. Trabalhava no gabinete do pai no Amapá.

Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN)

Emprega a filha Andressa de Azambuja Alves por R$ 1.952,12. Registrada na diretoria-geral, deveria dar expediente na liderança do PMDB. Parte dos funcionários da liderança não a conhece. Outros dizem que ela está em férias.

Homero Barreto (PTB-TO)

Nomeou a sobrinha Isolda Eline Barreto Nunes, que ganha R$ 2.388,24. Lotada na assessoria técnica da diretoria geral, trabalha regularmente na coordenação de Inativos e Pensionistas

Ricarte de Freitas (PTB/MT)

Empregou o filho Thiago de Carvalho de Freitas, por R$ 3.329,64, na diretoria legislativa. Cedido para o gabinete do pai, não foi encontrado no trabalha. Um funcionário informou que Thiago está "em recesso".

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