As propagandas eleitorais gratuitas dos presidenciáveis, exibidas há pouco na TV, mantiveram a postura adotada no primeiro dia de não atacar diretamente o governo Lula, com exceção dos senadores Heloísa Helena (Psol) e Cristovam Buarque (PDT). Quanto ao petista, continua apostando na divulgação das conquistas alcançadas nos 44 meses à frente do Palácio do Planalto. Já Geraldo, estratégia usada pelo tucano para aproximar-se do povo, repetiu o mesmo programa de terça-feira, quando começou o horário eleitoral na TV.
O um minuto da candidata do Psol, que foi a segunda a apresentar-se hoje, foi aproveitado como forma de criticar a gestão petista. "Um minuto é o tempo que o governo Lula leva para dar R$ 1 milhão aos bancos", dizia a mensagem que abriu a programa. Heloísa Helena também declarou que as abusivas taxas de juros serão reduzidas, caso seja eleita. "Esse dinheiro não é para pagar político corrupto. É para investir em melhorias", afirmou.
O primeiro no horário televisivo foi o presidente Lula. O candidato elogiou seu governo por conseguir mudar a realidade econômica deixada pelo seu antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique. Apresentou números que comprovaram uma certa redução das taxas de imposto de alguns produtos, como o arroz (que baixou de R$ 10,00 para R$ 5,99) e o saco de cimento (de R$ 22,50 para R$ 10,00).
"O que eu quero é que o trabalhador possa comer o que quiser. Além disso, possa ter o seu carrinho, sua viagem", disse o petista. O programa também revelou que a abertura das contas simplificadas favoreceram cerca de seis milhões de brasileiros. Por fim, Lula afirmou que o salário mínimo não recebeu aumento tão significativo nos últimos 40 anos.
O PCO, apesar da retirada de candidatura de Rui Pimenta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira (15), não desistiu de utilizar o horário garantido pela Lei Eleitoral. No entanto, não foi feita nenhuma campanha, e sim, um critica feroz ao tribunal. No um minuto reservado, o partido disparou inúmeras críticas. Em uma delas, inclusive, afirmou que uma "censura como essa não tinha ocorrido nem nos tempos da Ditadura Militar".
Já o candidato
Luciano Bivar (PSL) continuou defendendo-se das críticas recebidas pelo partido. Enquanto na terça-feira (15), o alvo foi a mídia por sustentar um acordo entre o presidenciável e a Rede Globo. Hoje, Bivar não deixou claro a quem atacava. Mas afirmou que forças estavam tentando impedir a legenda de expor as suas propostas. "Será que me unindo ao PCC, eu conseguiria fazê-lo. Lógico que isso é só um desabafo", disse.
Os demais candidatos mantiveram a mesma postura do primeiro dia de programa. Cristovam continuou criticando os antigos governos por não terem investido na área de educação. Pois, segundo ele, só seria preciso um investimento de 1% do orçamento federal para melhorar a atual situação. Uma das jogadas usadas por Cristovam durante o horário foi colocar uma criança narrando as suas propostas para o setor: a federalização da educação, o que permitiria ao governo fiscalizar mais intensamente a qualidade das escolas nos municípios.
O "candidato cristão" José Maria Eymael (PSDC) também não mudou muito o discurso. Disse que tinha aprovado muitos projetos enquanto deputado, como o que institucionalizou o aviso prévio de 30 dias.
Por fim, Geraldo Alckmin (PSDB) repetiu o mesmo programa exibido na terça-feira.