Depois de ter desqualificado as denúncias do empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio-proprietário da Planam que detalhou à Justiça Federal e ao Ministério Público o esquema da máfia das ambulâncias, o presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto (PMDB-MA), garantiu hoje que os processos contra os três senadores acusados de envolvimento com o esquema dos sanguessugas "não vão acabar em pizza".
João Alberto anunciou que até já escolheu os três relatores, mas não quis revelar os nomes. "Fui mal compreendido. Não disse que iria arquivar nada. Até porque, se eu disser isso, fica ruim para mim porque sou candidato. Falar de pizza é desqualificar o meu trabalho, que é sério. Uma coisa eu digo a vocês, vou apurar com muito rigor", disse.
O senador também declarou que irá aguardar que os senadores
Magno Malta (PL-ES), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Ney Suassuana (PMDB-PB) apresentem suas defesas até as 16h, da próxima segunda-feira (21). Na terça (22) ou na quarta-feira (23), ele deve anunciar os três relatores dos processos de cassação.
Questionado sobre o envolvimento de Ney Suassuna, ex-líder de seu partido, no escândalo, João Alberto disse que não haverá constrangimento. "Se o líder errou, ele não é líder. Se errou, tem que ser julgado. Nós vamos cortar na própria carne".
O senador Demóstenes Torres (PFL-GO), que é vice-presidente do Conselho, garantiu que os processo contra Malta, Serys e Suassuana não serão arquivados. Ele disse que se for preciso irá ao Supremo Tribunal Federal (STF).