O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), desqualificou os depoimentos prestados por Darci Vedoin e de seu filho Luiz Antonio Vedoin à CPI dos Sanguessugas e à Justiça Federal. "Não aceito a palavra do Vedoin como prova. Ele é um bandido", disse João Alberto. Os depoimentos serviram de base para a formulação do relatório parcial da CPI, que pediu a cassação dos três senadores e de 69 deputados.
Ao falar sobre o assunto, o presidente do Conselho dá a impressão de que deve arquivar os pedidos de cassação contra os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB),
Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT). João Alberto também disse que supostos depósitos feitos pela quadrilha para um assessor de Suassuna não bastam para incriminá-lo.
"Tem que ver se o senador sabia, se participou (...)Eu preciso de robustez de provas para abrir os processos", disse. O senador informou que até a próxima quinta-feira (24) decidirá se abre ou não os processos. Suassuna, Serys e Malta são acusados de receber propina para destinar recursos do Orçamento para a aquisição de ambulâncias superfaturadas.
Segundo o relatório parcial da CPI, Suassuna teria recebido R$ 222,5 mil por meio do ex-assessor Marcelo Carvalho.
Magno Malta utilizou um carro dado ao deputado Lino Rossi (PP-MT) pelos Vedoin. A quadrilha também declarou ter dado ao genro de Serys R$ 35 mil.