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Marco Aurélio: vivemos no "país do faz-de-conta"

Congresso em Foco

4/5/2006 | Atualizado às 21:04

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O ministro Marco Aurélio Mello tomou posse nesta quinta-feira à noite como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) salientando que vivemos no país do "faz-de-conta". Sem citar nomes, Marco Aurélio aludiu ao fato de o presidente Lula afirmar que não sabia das irregularidades investigadas durante seu governo. Segundo Marco Aurélio, esses fatos causaram um prejuízo milionário e irreversível aos cofres públicos.

As duras palavras foram pronunciadas na presença do presidente interino do Brasil, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A presidente do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, também presenciaram a solenidade de posse.

"Perplexos, percebemos, na simples comparação entre o discurso oficial e as notícias jornalísticas, que o Brasil se tornou um país de faz-de-conta. Faz de conta que não se produziu o maior dos escândalos nacionais, que os culpados nada sabiam - o que lhes daria uma carta de alforria prévia para continuar agindo como se nada de mal tivessem feito. Faz de conta que não foram usadas as mais descaradas falcatruas para desviar milhões de reais, num prejuízo irreversível em país de tantos miseráveis. Faz de conta que tais tipos de abusos não continuam se reproduzindo à plena luz, num desafio cínico à supremacia da lei, cuja observação é tão necessária em momentos conturbados", afirmou o ministro durante o discurso de posse no TSE.

Marco Aurélio criticou o fato de que as notícias de indiciamentos de autoridades tornaram-se banais. Ele citou a providência tomada recentemente pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, de denunciar 40 pessoas acusadas de envolvimento com o esquema do mensalão.

"São tantas e tão deslavadas as mentiras, tão grosseiras as justificativas, tão grande a falta de escrúpulos que já não se pode cogitar somente de uma crise de valores, senão de um fosso moral e ético que parece dividir o país em dois segmentos estanques - o da corrupção, seduzido pelo projeto de alcançar o poder de uma forma ilimitada e duradoura, e o da grande massa comandada que, apesar do mau exemplo, esforça-se para sobreviver e progredir", concluiu o ministro.

Marco Aurélio, que presidirá o TSE durante as eleições, chamou os eleitores brasileiros a buscarem a mudança pelas urnas. "Ao reverso do abatimento e da inércia, é de conclamar o povo, principalmente os mais jovens, a se manifestar pela cura, não pela doença, não pela podridão do vale-tudo", disse. "Ao usar a voz da urna, o povo brasileiro certamente ouvirá o eco vitorioso da cidadania", afirmou.

O novo presidente do órgão de gerenciamento das eleições nacionais afirmou que o tribunal será rígido na análise das contas das campanhas eleitorais. "Esqueçam, por exemplo, a aprovação de contas com as famosas ressalvas", afirmou. "Nenhum fim legitimará o meio condenável", assegurou.
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