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Pizza dupla na Câmara

Congresso em Foco

3/5/2006 | Atualizado 4/5/2006 às 8:50

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Andrea Vianna

A pizza das cassações servida na Câmara ficou mais saborosa ontem, com o incremento dos temperos baiano e paulista. O Plenário da Casa livrou da degola política o décimo deputado acusado de envolvimento com o mensalão. Josias Gomes, ex-presidente do diretório do PT na Bahia, livrou-se de perder o mandato por 29 votos, já que 228 parlamentares votaram a favor da cassação. Foram 190 votos pela absolvição, além de cinco votos brancos, um nulo e 19 abstenções.

Entre os 19 envolvidos no escândalo do mensalão, apenas três foram cassados: Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE). Outros quatro renunciaram ao mandato para não enfrentar processo.

Praticamente no mesmo instante em que Josias era absolvido no plenário, o Conselho de Ética derrubava o relatório do deputado Moroni Torgan (PFL-CE) que pedia a cassação do mandato de Vadão Gomes (PP-SP).

Pizza no Conselho

O deputado paulista é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões do empresário Marcos Valério de Souza. O presidente do colegiado, Ricardo Izar (PTB-SP), designou o deputado Eduardo Valverde (PT-RO) para relatar um parecer favorável à absolvição. Os parlamentares do Conselho julgaram que o relatório não foi suficientemente claro para comprovar que Vadão recebera, de fato, o dinheiro de Valério.

Além de Vadão, resta pendente apenas o julgamento de José Janene (PP-PR), que recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão da Câmara de negar-lhe aposentadoria por invalidez.

Em depoimento no Conselho de Ética, o próprio empresário mineiro confirmara ter repassado parte dos recursos ao deputado, em 5 de julho, num hotel da capital paulista. Vadão, porém, apresentou documentos para atestar que nesse dia estava em Goiás, onde tem um frigorífico. "A batalha está apenas começando, mas se comprovou aqui que não há provas", comemorou Vadão.

Pizza no plenário

Já no plenário, os deputados rejeitaram o parecer de Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) que recomendava a perda do mandato de Josias Gomes. Para que ele fosse acatado em plenário, eram necessários 257 votos. O relatório de Thame foi aprovado, no último dia 4 de abril, por dez votos a um no Conselho de Ética.

O quorum relativamente baixo - apenas 443 dos 513 deputados votaram - reforçou a expectativa pela absolvição do deputado. Nas cadeiras da frente, conversavam entre si petistas que escaparam da cassação, como o ex-presidente da Casa João Paulo Cunha (SP) e João Magno (MG).

Sem possibilidade aritmética

Mendes Thame chegou a alertar, durante a votação, que não havia número de deputados suficiente para garantir a perda de mandato do petista.

"Não há nenhuma possibilidade aritmética de reunir os 257 votos para aprovar a cassação", afirmou. Ele lamentou a absolvição e enfatizou que o processo de votações de pedidos de cassação no Congresso precisa mudar.

Na boca do caixa

Josias Gomes é acusado de ter recebido e não contabilizado R$ 100 mil do valerioduto. O deputado foi citado nos relatórios parciais das CPIs dos Correios e do Mensalão como beneficiário de recursos do caixa dois do PT.

Ele é o único entre os acusados de participarem do esquema de Marcos Valério de Souza que sacou pessoalmente o dinheiro, diretamente de um dos caixas do Banco Rural em Brasília. O acusado chegou a deixar cópia do documento de identidade parlamentar na agência bancária ao efetuar a retirada.

O deputado disse que recebeu a quantia sob orientação do então tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares, para liquidar despesas de campanha da legenda na Bahia. Josias alega que não sabia da origem do dinheiro.

Em sua defesa, o petista sustentou que a mídia criou o factóide do mensalão e que, ao longo de mais de 25 anos de vida pública, jamais foi alvo de qualquer inquérito. Ele voltou a dizer que não tinha conhecimento de que os R$ 100 mil recebidos de Valério eram ilícitos. Reforçou ainda que, antes de entrar na carreira política, plantava coentro e criava galinhas.

O deputado Babá (Psol-PA) subiu à tribuna para criticar o ex-colega de partido. Afirmou que, com um passado desses, "o senhor deveria ter vergonha de ter se envolvido com o valerioduto".

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