Em viagem a Moscou, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, negou que será coordenador da campanha à reeleição do presidente Lula, conforme noticiou a edição desta sexta-feira do jornal Folha de S.Paulo. "Não precisa de minha participação na coordenação da campanha", enfatizou. O objetivo do ministro é continuar à frente da pasta.
Perguntado se continuaria como ministro num eventual segundo mandato de Lula, Palocci disse que o importante é que a política econômica seja mantida no próximo governo. Ele afirmou ainda que tem dito a Lula que é importante o presidente ser candidato, mas adiantou que, antes de junho, Lula "não quer saber dessa conversa".
"Acho que o presidente Lula tem de tratar a candidatura com naturalidade", afirmou Palocci.
Segundo a Folha, Palocci admitiu, pela primeira vez em público, a hipótese de Lula se candidatar em entrevista que vai ao ar no domingo, na Rede TV!, às 23 horas, no programa Show Business.
Ataques tucanos
O ministro também comentou as recentes declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a política e o governo Lula, dizendo que FHC trouxe "calor especial" para o processo eleitoral. "Isto é palanque", disse sobre a declaração de FHC de que "a ética do PT é roubar".
Palocci está na capital russa participando de encontros paralelos à reunião com ministros de finanças do G-8, grupo formado pelos sete países mais ricos do mundo e a Rússia.