O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que a possível indicação do nome do ex-ministro da Educação e ex-presidente do PT Tarso Genro para o Supremo Tribunal Federal (STF) não será aprovada no Senado. "No que depender de mim, ele será vetado", frisou.
Virgílio alegou que Tarso não teria isenção para julgar questões de interesse do governo. Além disso, segundo ele, o petista não teria competência para desempenhar o cargo. "Ele não tem notável conhecimento jurídico para ser ministro, já que não passa de um advogado razoável", opinou.
Ontem, o senador Demóstenes Torres (PFL-GO) também expressou seu desagrado quanto à possível indicação de Tarso para uma vaga no Supremo. De acordo com o pefelista, o uso de critérios políticos para o preenchimento de vagas no STF é um fato grave para a magistratura brasileira.
Diante da repercussão negativa na oposição, o líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), divulgou nota à imprensa, publicada no site oficial do partido, rebatendo as críticas. Fontana esclareceu que Tarso Genro "não está em campanha para ser indicado à Corte Suprema", mas "atende aos requisitos constitucionais exigidos para o cargo de ministro do STF".
Além do ex-ministro da Educação, são cogitados para ocupar a vaga do ministro Carlos Velloso os deputados petistas Luiz Eduardo Greenhalgh (MG) e Sigmaringa Seixas (DF). Velloso deixa o Supremo no próximo dia 19, ao completar 70 anos de idade.