O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), presidente da Câmara e candidato à reeleição, reuniu aliados ontem (15) à noite na residência oficial da presidência da Câmara para discutir estratégias de sua campanha. No encontro, chegou-se à conclusão de que o lançamento de uma terceira candidatura à presidência da Casa tornou-se fundamental para que Aldo possa vencer o candidato do PT, Arlindo Chinaglia (SP). E mais: o ideal seria um candidato do PSDB , que poderia conter o apoio de tucanos ao petista. De acordo com o portal G1, no mapeamento de votos feito na reunião, Aldo poderia, num cenário mais otimista, chegar a 230 votos dos 513 deputados, incluindo o lançamento de uma candidatura alternativa. Considerando uma margem de "traições" (deputados que se manifestam a favor de um candidato, mas que não cumprem a promessa, devido ao fato de a votação ser secreta) de 10 votos para cima ou para baixo, Aldo aposta que, nessa hipótese, não haveria uma diferença tão grande a favor do petista e a votação iria para segundo turno. O resultado final, então, ficaria nas mãos do grupo de apoio à terceira candidatura, que vem sendo cortejado por Aldo para uma aliança contra Chinaglia numa segunda votação. Se Aldo conseguir a reeleição num segundo turno, de acordo com as contas de seus aliados, não será por mais de 15 votos de diferença. Pôr a tropa para trabalhar Ainda de acordo com o G1, alguns deputados que participaram da reunião alertaram para a demora da campanha de Aldo em reagir à ofensiva de Chinaglia em cima de partidos como PMDB , PSDB e PL, que anunciaram apoio ao petista. Segundo um parlamentar que esteve no encontro, a campanha de Aldo pretende agora "pôr a tropa para trabalhar". O objetivo é agrupar de 40 a 50 deputados dispostos a pedir voto para Aldo a partir de hoje. A campanha do atual presidente da Câmara também avalia que seria importante que houvesse um recuo oficial do PSDB na próxima semana em relação ao apoio a Chinaglia.