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Congresso em Foco
14/9/2006 | Atualizado às 13:54
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou, em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, que fazer política é como fazer arte e para conseguir ser um bom político, a pessoa precisa também ser um bom ator.
"E se não for um ator não transmite nada, não será nada. Em uma sociedade como a nossa, de 125 milhões de eleitores, você tem de incorporar alguma idéia, algum sentimento, alguma tendência. E fazer isso como ator, expressar isso de alguma maneira. Muitas vezes, quando se está na televisão, você pode ganhar ou perder por um nada. Uma frase mal posta, um jeito de falar, uma gesticulação, um movimento de corpo errado. Isso requer capacidade de representar", disse FHC.
Depois do comentário, o ex-presidente foi questionado se o fato de Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à Presidência da República, ainda não ter subido muito nas pesquisas é porquê o tucano é um "mau ator".
"Depende das circunstâncias. A mensagem não depende só de quem a emite. É preciso que o receptor esteja aberto para recebê-la e, às vezes, o público não está aberto para isso. Outras vezes o público está aberto, mas o político não tem habilidade para transmiti-la", respondeu.
Quanto ao tempo em que presidia o país, FHC disse que se arrependia de não ter mudado a taxa de câmbio em fevereiro de 1998, atitude que foi muito criticada na época, pois acusavam o tucano de não ter tomado essa atitude por causa da reeleição.
Campanha na TV
O ex-presidente ainda afirmou que não costuma acompanhar horário político nem mesmo quando era candidato. "Eu sempre dizia aos meus marqueteiros que o importante nesse negócio de televisão é se fazer uma conversa com o país. O candidato tem de contar uma história e essa história tem que ter uma espécie de mito no qual um é bom e o outro é mau. É isso. Meu nome é esse e temos tais problemas. Eu resolvo assim e o outro não faz nada".
Ao ser questionado se a TV fazia presidentes, FHC respondeu que ajuda, pois a maioria da população só começa a acompanhar a disputa quando ela é transmitida pelo aparelho.
Ser ou não ser presidente
Por fim, FHC foi perguntado sobre as razões que levam uma pessoa a querer ser presidente de um país como o Brasil. Para pretender ao cargo, ele disse que "em primeiro lugar, você só vai ser presidente se outros quiserem que você seja". "Os autocandidatos não vão longe. Eu era ministro da Fazenda em 94 e começaram a me pressionar. Eu não queria, até que percebi que o presidente Itamar Franco estava ficando sem candidato. Então concordei porque queria fazer a estabilização da economia", ressaltou.
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