O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho disputará as eleições deste ano pelo PT para deputado federal por São Paulo. Palocci vai aproveitar a visibilidade que teve durante o tempo que esteve à frente do ministério para angariar votos.
O ex-ministro deixou o cargo debaixo de uma avalanche de denúncias de corrupção no tempo em que foi prefeito da cidade de Ribeirão Preto (SP). Mas, o que culminou com a saída de Palocci do cargo de ministro da Fazenda, foi o episódio da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.
O caseiro afirmou na CPI dos Bingos que Palocci freqüentava uma casa no bairro nobre do Lago Sul, em Brasília, onde aconteciam reuniões com lobistas de Ribeirão Preto e festas com garotas de programa. Em depoimento anterior à mesma CPI, Palocci havia negado categoricamente que nunca tinha ido à Casa do Lago Sul.
Além disso, o ex-assessor de Palocci na prefeitura de Ribeirão Rogério Buratti contou aos promotores do Ministério Público de São Paulo que havia um esquema de arrecadação de fundos para o caixa dois do PT.
Segundo Buratti, a empresa de coleta de lixo e varrição de Ribeirão Preto Leão Leão pagava uma mesada de R$ 50 mil para o PT. Palocci acabou sendo indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e peculato (corrupção). Porém, o ex-ministro nega todas as acusações contra ele.
Se eleito, Palocci passará a usufruir o benefício da imunidade parlamentar, que prevê que deputados e senadores só podem ser investigados pelo Procurador-geral da República e julgados pelo Supremo Tribunal Federal.