Lula: oposição não tem caráter
Congresso em Foco
16/6/2006 | Atualizado 17/6/2006 às 9:54
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O presidente Lula partiu para o contra-ataque nessa sexta-feira. Um dia após a exibição do programa partidário do PFL na TV que o apontou como líder do maior esquema de corrupção do país e as declarações do senador José Jorge (PFL-PE) de que é preguiçoso e bebe muito, Lula dedicou todos os seus discursos para denunciar o "jogo rasteiro" da oposição. Sem citar nomes, o presidente afirmou que seus adversários não têm caráter e não se conformam com o fato de um operário ter chegado à Presidência.
"Todo dia aparece alguém para me agredir, possivelmente porque essas pessoas estão pensando assim: puxa vida, nós estamos governando o Brasil desde que Cabral pôs os pés aqui e não conseguimos fazer (nada). Por que esse metalúrgico está fazendo?", disse Lula, em discurso para moradores da periferia de Olinda (PE). O presidente mesmo respondeu à indagação: "Este metalúrgico está fazendo porque tem uma coisa que eles (seus adversários) não têm: este metalúrgico tem caráter".
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), reagiu à afirmação do presidente. Em nota distribuída pelo site do partido, ele afirma que "caráter falta a quem finge desconhecer o 'mensalão', apesar da denúncia envolver muita gente da mais estreita confiança do Presidente da República, no Governo e no seu Partido".
Na última quinta-feira, José Jorge, que é candidato a vice-presidente na chapa do tucano Geraldo Alckmin, havia dito, em discurso, que Lula "não trabalha, só viaja e bebe muito". "A eles que vivem transmitindo ódio todo dia, a eles que vivem transmitindo inveja e preconceito todo dia, não quero dedicar um minuto, mas, certamente, quero dedicar a vida inteira para ajudar o povo pobre deste país a viver com dignidade."
Lula anunciou em Pernambuco a liberação de R$ 74,9 milhões do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social para melhoria das condições de moradia de 5.473 famílias que vivem em assentamentos precários em seis cidades de Pernambuco.
Em Brasília, em encontro com estudantes, o presidente voltou a fazer referências indiretas aos ataques da oposição. "Hoje a situação é igual àquela do jogador malandro, que fica provocando, fica infernizando para cavar a expulsão do adversário." Na abertura do 13º Congresso da União da Juventude Socialista, entidade ligada ao PCdoB, Lula se comparou aos torturados pela ditadura militar.
"Vocês não sabem o que é a gente aprender a apanhar. É mais difícil do que aprender a bater", afirmou, dizendo depois ter respeito pelos que foram torturados pela ditadura, mas que nem assim delataram os companheiros. "Suportar a dor física é tão duro quanto suportar a dor da infâmia, da leviandade e das falsidades. Quanta indignação houve por parte de alguns quando, depois de nos baterem por um ano e meio, sai uma pesquisa em que eu subo e eles descem."
O PT decidiu entrar com uma representação contra o PFL na Justiça Eleitoral por conta do programa de TV de anteontem, no qual Lula foi relacionado ao escândalo do mensalão. De acordo com Berzoini, o programa desrespeitou a lei eleitoral por ter sido usado só para atacar o PT e o governo, sem apresentar propostas do partido.
Pefelista critica pefelista
O governador de São Paulo, Claudio Lembo (PFL), criticou ontem a declaração feita pelo senador de seu partido José Jorge. Lembo, que fez questão de destacar que a declaração era uma opinião pessoal do senador, reprovou a conduta do colega pefelista. "Eu costumo preservar as autoridades. Faz parte da minha formação moral e jurídica. As autoridades devem ser fiscalizadas, porém, respeitadas", disse Lembo, durante cerimônia para assinatura de um convênio no Palácio dos Bandeirantes, na sede do governo estadual.
Dias atrás, Lembo teve apoio do presidente Lula quando uma platéia o vaiou durante cerimônia numa refinaria da Petrobrás, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Na ocasião, o presidente disse que não poderia permitir que num processo eleitoral as pessoas ferissem instituições brasileiras. O presidente arrancou aplausos da platéia e recebeu um abraço de Lembo.
"Todo dia aparece alguém para me agredir, possivelmente porque essas pessoas estão pensando assim: puxa vida, nós estamos governando o Brasil desde que Cabral pôs os pés aqui e não conseguimos fazer (nada). Por que esse metalúrgico está fazendo?", disse Lula, em discurso para moradores da periferia de Olinda (PE). O presidente mesmo respondeu à indagação: "Este metalúrgico está fazendo porque tem uma coisa que eles (seus adversários) não têm: este metalúrgico tem caráter".
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), reagiu à afirmação do presidente. Em nota distribuída pelo site do partido, ele afirma que "caráter falta a quem finge desconhecer o 'mensalão', apesar da denúncia envolver muita gente da mais estreita confiança do Presidente da República, no Governo e no seu Partido".
Na última quinta-feira, José Jorge, que é candidato a vice-presidente na chapa do tucano Geraldo Alckmin, havia dito, em discurso, que Lula "não trabalha, só viaja e bebe muito". "A eles que vivem transmitindo ódio todo dia, a eles que vivem transmitindo inveja e preconceito todo dia, não quero dedicar um minuto, mas, certamente, quero dedicar a vida inteira para ajudar o povo pobre deste país a viver com dignidade."
Lula anunciou em Pernambuco a liberação de R$ 74,9 milhões do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social para melhoria das condições de moradia de 5.473 famílias que vivem em assentamentos precários em seis cidades de Pernambuco.
Em Brasília, em encontro com estudantes, o presidente voltou a fazer referências indiretas aos ataques da oposição. "Hoje a situação é igual àquela do jogador malandro, que fica provocando, fica infernizando para cavar a expulsão do adversário." Na abertura do 13º Congresso da União da Juventude Socialista, entidade ligada ao PCdoB, Lula se comparou aos torturados pela ditadura militar.
"Vocês não sabem o que é a gente aprender a apanhar. É mais difícil do que aprender a bater", afirmou, dizendo depois ter respeito pelos que foram torturados pela ditadura, mas que nem assim delataram os companheiros. "Suportar a dor física é tão duro quanto suportar a dor da infâmia, da leviandade e das falsidades. Quanta indignação houve por parte de alguns quando, depois de nos baterem por um ano e meio, sai uma pesquisa em que eu subo e eles descem."
O PT decidiu entrar com uma representação contra o PFL na Justiça Eleitoral por conta do programa de TV de anteontem, no qual Lula foi relacionado ao escândalo do mensalão. De acordo com Berzoini, o programa desrespeitou a lei eleitoral por ter sido usado só para atacar o PT e o governo, sem apresentar propostas do partido.
Pefelista critica pefelista
O governador de São Paulo, Claudio Lembo (PFL), criticou ontem a declaração feita pelo senador de seu partido José Jorge. Lembo, que fez questão de destacar que a declaração era uma opinião pessoal do senador, reprovou a conduta do colega pefelista. "Eu costumo preservar as autoridades. Faz parte da minha formação moral e jurídica. As autoridades devem ser fiscalizadas, porém, respeitadas", disse Lembo, durante cerimônia para assinatura de um convênio no Palácio dos Bandeirantes, na sede do governo estadual.
Dias atrás, Lembo teve apoio do presidente Lula quando uma platéia o vaiou durante cerimônia numa refinaria da Petrobrás, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Na ocasião, o presidente disse que não poderia permitir que num processo eleitoral as pessoas ferissem instituições brasileiras. O presidente arrancou aplausos da platéia e recebeu um abraço de Lembo.
