Tarso Genro, ministro das Relações Institucionais, acusou hoje o governo de São Paulo de negociar com o Primeiro Comando da Capital (PCC) o fim dos ataques em São Paulo. Tarso ignorou que o atual governador do estado paulista seja Cláudio Lembro. Ele se referiu a Geraldo Alckimin, ex-governador de São Paulo, como responsável pelo o acordo. "Agora, segundo vocês [os jornalistas] estão informando, o governo Alckmin, o governo paulista, preferiu negociar com criminosos a aceitar a ajuda do governo. Não é correto o que ele está fazendo", disse Tarso após reunião na Câmara dos Deputados.
A acusação veio em resposta às reclamações do pré-candidato do PSDB à presidência da República de que a responsabilidade da onda de violência em São Paulo é culpa do governo federal por não repassar a São Paulo recursos do Orçamento para a área de segurança pública. Alckimin afirmou que neste mês o governo Lula não assinou os convênios com o governo de São Paulo para repassar o dinheiro previsto nos fundos penitenciário e de segurança. A queixa de Alckmin foi referendada por secretários de segurança de 23 estados, em reunião ontem, em Brasília.
Tarso rebateu a reclamação. "a crise não começou agora, mas com as rebeliões da Febem, e o Estado não deu a devida atenção. Nós temos, neste momento, que despolitizar, tirar o caráter eleitoral dessa questão. Se não, não trataremos com seriedade essa questão. Parece que ele [Alckmin] está querendo exatamente fazer isso".