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CPI encontra US$ 300 mil a mais em conta de Duda

2/3/2006
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Os integrantes da CPI dos Correios identificaram uma diferença de US$ 300 mil (quase R$ 600 mil) entre o que foi depositado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza na conta Dusseldorf do publicitário Duda Mendonça no exterior e os R$ 10,5 milhões relatados pelo próprio marqueteiro à comissão. A diferença de valor foi detectada na primeira consulta dos integrantes da CPI aos documentos enviados pela promotoria Distrital de Nova York sobre a conta aberta por Duda no Bank de Boston em Miami. Além da diferença entre os valores depositados na conta Dusseldorf, os integrantes da CPI também encontraram outras diferenças entre o depoimento de Duda na CPI e a quebra de sigilo. “Nós temos condição, numa primeira análise, de dizer que há discrepância entre as afirmações de Duda e o que está sendo investigado”, disse o relator da CPI, Osmar Serraglio (PMDB-PR). “Há suspeita fortíssima de que ele não tenha falado à verdade”, completou. Desde novembro, a comissão tenta obter a quebra do sigilo bancário de Duda no exterior. Os parlamentares queriam investigar se o PT utilizou as contas do publicitário para movimentar dinheiro ilegalmente fora do país. Em depoimento à comissão no ano passado, Duda – marqueteiro da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 – disse que abriu a conta no exterior, por orientação de Valério, para receber o pagamento pelos serviços prestados ao PT. A Corte de Nova York, porém, recusou-se a liberar os dados à CPI, por entender que ela não é um foro de investigação. Foi preciso que uma comitiva de parlamentares viajasse rumo aos Estados Unidos para convencer as autoridades norte-americanas de que a comissão tem autoridade para quebrar e ter acesso a sigilos bancários.
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