O Plenário da Câmara está votando neste momento, em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC) 548/02, que acaba com a verticalização das coligações eleitorais. Durante as discussões do projeto, no entanto, algumas divergências foram explicitadas. O líder do PT, deputado Henrique Fontana (RS), por exemplo, afirmou que a manutenção da verticalização ajudaria a "organizar programaticamente as alianças".
A líder do PSOL, deputada Luciana Genro (RS), considera que o fim da verticalização provocará um "vale-tudo-eleitoral", pois os projetos políticos estaduais serão desvinculados dos nacionais. "Isso é lamentável, pois a ausência de um projeto político para o País gera distorções como a falsa polarização que existe hoje entre o PT e o PSDB", afirmou.
Já o deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO) é favorável ao fim da regra atual. Ele comparou a verticalização ao instituto do voto vinculado, que entrou em vigor durante o regime militar.
Um fato curioso das discussões é que os partidos de esquerda, que acusavam a verticalização de ter sido criada para beneficiar o PSDB nas eleições de 2002, se mostram mais favoráveis à manutenção da regra, enquanto que os partidos mais à direita pregam o fim da regra.