Relator diz que houve repasse periódico
Congresso em Foco
17/11/2005 18:17
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Ao contrário das expectativas, o relator da CPI do Mensalão, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), confirmou ter havido repasses periódicos do PT para parlamentares dos partidos da base aliada no período entre a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2002, e as campanhas municipais de 2004. Neste momento, o deputado lê o seu texto na comissão.
Em seu parecer, o progressista não utiliza o termo "mensalão", criado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que afirmou que havia dinheiro vindo do PT para pagar mesadas a parlamentares da base aliada. Porém, conclui que as investigações revelaram o recebimento de dinheiro ilícito com periodicidade. "Chame-se isso de mensalão, mensalinho, semanão, quinzenão, ou o que vocês quiserem", diz Abi-Ackel em seu relatório.
Ontem, o próprio Abi-Ackel havia dito que não traria novidades em seu relatório. "Não esperem muito dele (do texto)", disse o parlamentar poucas horas antes de chegar ao plenário da CPI. Porém, protestou hoje contra os deputados que diziam conhecer, pelos jornais, o conteúdo do parecer. "A imprensa não penetra os olhos no couro desta pasta (em que estava o relatório)", afirmou.
No texto, o relator não listou nomes de parlamentares que devem ser investigados por se beneficiar do esquema montado pelo PT. Também não recomendou nenhum indiciamento. "Essa etapa já foi encerrada", declarou, referindo-se à lista com nomes de deputados acusados de participar do mensalão que a comissão, juntamente com a CPI dos Correios, entregou à Corregedoria da Câmara.
Enquanto o relator fazia a leitura do documento, o presidente da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), foi até a presidência do Senado para saber se a sessão será validada. Isso porque, de acordo com o Diário do Congresso, a comissão está oficialmente extinta desde a meia noite de ontem. Porém, o senador alega que, pelo regimento interno, o prazo de 120 dias para o funcionamento da CPI só poderia ser contado a partir do dia de instalação, o que prorroga o fim dos trabalhos para a meia noite desta quinta-feira.
Em seu parecer, o progressista não utiliza o termo "mensalão", criado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que afirmou que havia dinheiro vindo do PT para pagar mesadas a parlamentares da base aliada. Porém, conclui que as investigações revelaram o recebimento de dinheiro ilícito com periodicidade. "Chame-se isso de mensalão, mensalinho, semanão, quinzenão, ou o que vocês quiserem", diz Abi-Ackel em seu relatório.
Ontem, o próprio Abi-Ackel havia dito que não traria novidades em seu relatório. "Não esperem muito dele (do texto)", disse o parlamentar poucas horas antes de chegar ao plenário da CPI. Porém, protestou hoje contra os deputados que diziam conhecer, pelos jornais, o conteúdo do parecer. "A imprensa não penetra os olhos no couro desta pasta (em que estava o relatório)", afirmou.
No texto, o relator não listou nomes de parlamentares que devem ser investigados por se beneficiar do esquema montado pelo PT. Também não recomendou nenhum indiciamento. "Essa etapa já foi encerrada", declarou, referindo-se à lista com nomes de deputados acusados de participar do mensalão que a comissão, juntamente com a CPI dos Correios, entregou à Corregedoria da Câmara.
Enquanto o relator fazia a leitura do documento, o presidente da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), foi até a presidência do Senado para saber se a sessão será validada. Isso porque, de acordo com o Diário do Congresso, a comissão está oficialmente extinta desde a meia noite de ontem. Porém, o senador alega que, pelo regimento interno, o prazo de 120 dias para o funcionamento da CPI só poderia ser contado a partir do dia de instalação, o que prorroga o fim dos trabalhos para a meia noite desta quinta-feira.
