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A lua-de-mel chega ao fim

Congresso em Foco

1/11/2005 | Atualizado às 8:20

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Acostumado a ser poupado pela oposição, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, perdeu o status de "queridinho" do PFL e do PSDB. A apresentação de novas denúncias de irregularidade envolvendo ex-assessores de Palocci tornou praticamente inevitável a convocação do ex-prefeito de Ribeirão Preto (SP) pela CPI dos Bingos. Os dois partidos ainda discutem o momento certo de convocá-lo a prestar esclarecimentos sobre a suposta doação de Cuba para a campanha presidencial de 2002. 

O ministro deve ser chamado a dar explicações após o depoimento do economista Vladimir Poleto, marcado para a próxima terça-feira, do advogado Rogério Buratti e do motorista Éder Eustáquio Macedo, ainda sem data prevista. Segundo a revista Veja, os três confirmaram que o PT recebeu dinheiro do exterior para financiar a campanha de Lula.

A doação é proibida pela legislação eleitoral, que prevê a perda do registro partidário como pena para esse tipo de crime. Poleto e Buratti foram assessores de Palocci no interior paulista.

Desde o início da crise, o ministro tem sido preservado pela oposição, que, em sua maioria, apóia a política econômica conduzida por ele e teme por uma mudança de rumos com sua eventual queda. Mas a paciência com Palocci, avisam os líderes oposicionistas, está chegando ao fim.

"Não dá mais para adiar essa convocação. O requerimento convocando Palocci já foi apresentado. O máximo de concessão que podemos fazer é aguardar o depoimento de Poleto e Buratti para depois votarmos o requerimento", avisou o líder da minoria no Senado, José Jorge (PFL-PE).

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), deu um ultimato ao ministro da Fazenda. "Estamos na antevéspera do limite em relação ao ministro Palocci. De novo há pessoas da confiança dele envolvidas em denúncias", disse.

É a terceira vez que o nome do ministro aparece de alguma forma envolvido nas investigações da CPI dos Bingos. Em uma delas, o acusado é o próprio Buratti, que teria cobrado propina da multinacional Gtech para facilitar as negociações com a Caixa Econômica Federal. Em outra, o ex-assessor de Palocci é quem o acusa de participar de um esquema de corrupção em Ribeirão Preto.

Há duas semanas, a CPI decidiu adiar a discussão sobre a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do diretor da Eletronorte Adhemar Palocci. O irmão do ministro é suspeito de comandar um esquema de caixa dois nas últimas eleições em Goiânia, onde foi secretário municipal. Os governistas são franca minoria na comissão. O requerimento só não foi aprovado graças à intervenção do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).

Desta vez, o aliado de Palocci pode ser o relator da CPI dos Bingos, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). Ontem, Garibaldi defendeu que a denúncia do suposto financiamento cubano para a eleição de Lula seja apurada pela CPI dos Correios, por se tratar de caixa dois. Do exterior, onde se encontra em missão oficial, o presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PE), contestou Garibaldi e confirmou o depoimento de Vladimir Poleto. A convocação do economista já havia sido aprovada em agosto. A CPI queria saber a origem dos contatos telefônicos registrados entre ele e Buratti. Com a nova denúncia, Efraim marcou para a próxima terça-feira o depoimento.

O caso, no entanto, também deve ser apurado pela CPI dos Correios. O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) já adiantou que vai pedir a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancário dos citados pela reportagem de Veja e a planilha de vôos do avião Seneca que teria transportado o dinheiro.

Ontem à noite, após participar da abertura do Fórum Nacional sobre Sistemas de Garantias de Crédito, em São Paulo, Palocci atribuiu a denúncia à antecipação do debate eleitoral. "Existe um nível de agressividade maior nas últimas duas semanas. Aquilo que vinha dentro de um processo de investigação teve uma deterioração e se estabeleceu um conflito de natureza política, que acho que nós devemos trabalhar para evitar", afirmou.

O ministro, mais uma vez, classificou a reportagem de Veja como fantasiosa e contraditória. "É uma história cheia de contradições e um tanto quanto fantasiosa. Muito parecida com uma matéria recente que falava de recursos das Farc para o PT", completou.

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