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Congresso em Foco
13/7/2005 21:00
Sônia Mossri |
Para amigos, Sarney mostrava-se preocupado de que esse saque acabasse por sepultar de vez o seu sonho de ser reeleito e, ainda, de ter condições de indicar o vice-presidente na chapa da reeleição de Lula em 2006. O próprio Sarney pegou o telefone ao longo da semana para pedir aos cardeais dos diretórios regionais do PMDB o adiamento da convenção. Dos 27, Sarney já teria obtido a promessa de adiamento de 17 diretórios. O maior problema da relação atual do PMDB com o governo Lula é que muitos peemedebistas consideram que a legenda está sendo tratada como partido "de segunda classe", reclama o deputado Henrique Alves (PMDB-RN). "Somos o maior partido do país, com o maior número de prefeitos eleitos. Os operadores do governo Lula não estão sabendo tratar com o PMDB. Isso não quer dizer que vamos ser independentes. Isso é conversa para boi dormir. Estou aqui há nove mandatos e não conheço no plenário essa posição de independência", comentou Henrique Alves. Segundo ele, idéia do presidente do partido, Michel Temer (PMDB-SP), de independência do PMDB, apoiada pelo governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, é isolada e não tem futuro. Para o experiente Henrique Alves, o momento atual está mais para o irracional. "Do jeito que está, prevalece a emoção e não a razão", analisa. Segundo ele, o governo Lula se esqueceu da importância de se fazer políticas regionais. Ele questiona as promessas não cumpridas pelo governo Lula para com a bancada do Nordeste, como a recriação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). "Cadê a Sudene? Parou. Com quem a gente vai discutir isso? O PMDB quer estar no centro das decisões", disse Henrique Alves, expressando uma queixa comum entre os colegas de partido. Dependendo do ritmo das negociações com o presidente Lula, o PMDB sairá ou ficará no governo, com mais chances de continuar apoiando Lula. Apenas um total desastre na capacidade de articulação política do Palácio do Planalto levaria atualmente o partido para a oposição. Dessa vez, Dirceu ficou fora Como porta-voz do PT, Dirceu sempre se manifestou contrário à implantação de uma aliança real com outros partidos. Ele defende a centralização de poder. Não é à toa que ganhou o apelido de "primeiro-ministro" de Lula. Aliás, José Dirceu é o principal alvo do descontentamento dos parlamentares do PMDB. A única exceção é o líder do partido na Câmara. José Borba (PR) é um dos poucos parlamentares a tecer elogios ao ministro. "Nunca tive dificuldades de ordem nenhuma com o ministro José Dirceu. Ele me recebe sempre. Se eu reclamasse do ministro, seria injusto", salientou Borba. O líder do PMDB é uma voz isolada no Congresso. Uma das principais lideranças da base governista tenta há um mês marcar uma audiência com José Dirceu e ainda não obteve resposta. Assim, fica difícil para o governo reconstruir uma maioria no parlamento. |
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