Copom prevê desaceleração da economia e manutenção dos juros altos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou, nesta terça-feira (21), a ata da reunião realizada na semana passada. A reunião realizada na última quarta-feira (15) elevou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, de 12,75% para 13,25% ao ano. Este foi 11º aumento consecutivo desde março de 2021 e a taxa Selic está no valor mais alto desde dezembro de 2016. Segundo o comitê, o reajuste se mostrou "apropriado frente a um ambiente de elevada incerteza e o estágio significativamente contracionista da política monetária". O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com [email protected]. O Banco Central prevê uma desaceleração da atividade econômica a partir do segundo semestre deste ano e sinaliza que um novo aumento da taxa de juros de igual magnitude deverá ser anunciado na próxima reunião, marcada para os dias 2 e 3 de agosto. "Somente a perspectiva de manutenção da taxa básica de juros por um período suficientemente longo não asseguraria, neste momento, a convergência da inflação para o redor da meta no horizonte relevante", justificou o comitê. O Copom avalia que a atividade deve desacelerar nos próximos trimestres "quando os impactos defasados da política monetária [de alta dos juros] se fizerem mais presentes". O comitê também antecipa uma desaceleração da atividade global, principalmente por conta de tensões geopolíticas e alta dos juros internacionais. "O Comitê enfatiza que irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", informou. Confira a íntegra da ata: